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NRF: varejo brasileiro é exemplo de eficiência para o mundo, mas precisa ser mais ousado

Com um varejo resiliente, criativo e ágil, o próximo passo está em adotar uma mentalidade mais ousada

20 de janeiro de 2025

A NRF 25, maior evento global do varejo, encerrou-se nesta semana com uma constatação clara: o mercado brasileiro é uma referência em eficiência e criatividade, mesmo diante de adversidades. Apesar de enfrentar desafios significativos, como um cenário político instável e legislações tributárias complexas, ainda conseguimos ser exemplo para o mundo.

Por conta da baixa flexibilidade financeira, o varejo nacional ainda adota uma postura mais conservadora. Hoje, 56% dos players brasileiros gastam até R$10 mil por ano em IA – uma quantia bem modesta em relação ao mundo – e apenas 24% investem acima de R$150 mil anualmente. Para avançar, é necessário investir mais em inovação, abraçando tecnologias que podem transformar o setor.

Durante a NRF 25, muito se falou sobre Inteligência Artificial e como ela é uma realidade, mas poucos ainda utilizam a tecnologia em sua forma mais complexa e personalizada. No Brasil, 47% dos varejistas já utilizam IA em suas operações, mas grande parte ainda é baseada em soluções atreladas ao ChatGPT, como chatbots (56%) e na criação de conteúdo de marketing (50%).

É possível identificar um mercado ainda muito cético em relação aos resultados que a tecnologia pode trazer para o business. Apresentamos nosso case de inovação em Doris, como prova de que é possível unir eficiência e tecnologia no varejo. Nossa solução apresenta um provador inteligente baseado em IA generativa que permite que os clientes experimentem roupas vendo o caimento no seu próprio corpo de forma digital, sem necessidade de um provador físico.

Tivemos resultados promissores no último ano, gerando um aumento de 30% na conversão de novos clientes em lojas físicas e uma queda de quase 54% na devolução de peças. O que mostra que a adoção de soluções baseadas em IA podem levar o varejo brasileiro a um novo patamar de competitividade.

Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio), o varejo em 2024 pode fechar com uma alta de 5,5% em relação a 2023. Esse desempenho é impulsionado pelo aumento nos empregos formais e pelo maior acesso ao crédito, fatores que comprovam a capacidade do mercado em operar de forma lucrativa e eficiente. Contudo, o setor ainda carece de maior autoconfiança e ousadia para explorar seu verdadeiro potencial e ampliar seu protagonismo no cenário global.

Com um varejo resiliente, criativo e ágil, o próximo passo está em adotar uma mentalidade mais ousada, apostando em inovações tecnológicas que já estão moldando o futuro do setor.

*Por Fernando Morato, CFO da Doris

Fonte: Varejo S/A

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