O funcionalismo público sofreu um enxugamento inédito nos últimos anos.
Para efeito de comparação, durante a gestão FHC, o quadro de pessoal correspondia a 333,1 mil servidores, beneficiados com estabilidade e planos de progressão automática. A partir da aprovação do teto de gastos, durante o governo Temer, houve uma expressiva queda nas despesas públicas e hoje, o sistema é composto por 208 mil servidores estatutários.
A Reforma da Previdência foi o fator determinante neste movimento. Desde que foi aprovada, em 2019, ela desencadeou uma profusão de pedidos de aposentadoria. Nos últimos sete anos, o total de inativos na folha de pagamento saltou de 384,2 mil para 426,5 mil.
Por outro lado, a taxa de reposição de servidores caiu drasticamente. Neste triênio, apenas 11,6 mil novos funcionários foram admitidos por meio de concursos. A explicação para o congelamento de novas contratações está na aprovação da Reforma Administrativa. O governo espera que, se aprovada, as novas regras flexibilizem o processo de admissão, reduzam a disparidade de privilégios e gerem uma economia significativa para os cofres da União.
O encolhimento do funcionalismo representa, acima de tudo, um grande avanço para o Brasil, pois devolve eficiência para o Estado, impõe transparência à administração pública e promove um saneamento das contas governamentais.
É preciso equiparar o serviço público com a realidade do setor privado. Aliás, é preciso usar a iniciativa privada como exemplo de gestão, excelência e produtividade. O aparelho do Estado precisa aprender a fazer mais com menos.