Segunda denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot pode encurtar a viagem do presidente ao continente asiático
Uma viagem de oito dias para estabelecer acordos comerciais e atrair novos investimentos para o Brasil. Esses foram os objetivos principais da ida de Michel Temer e uma comitiva de parlamentares à China. O embarque foi na última terça-feira (29/ago) e a previsão de volta era somente na outra semana. Mas a visita do presidente do Brasil pode ser mais curta. O motivo? A possibilidade de uma segunda denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o primeiro homem do país.
Originalmente, de acordo com o que foi divulgado pelo porta voz da Presidência, Alexandre Parola, o cronograma da viagem previa a chegada de Michel Temer na quarta-feira (6), véspera do desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, do qual Temer participará. Só que a preocupação política é maior do que os interesses econômicos na China.
No país asiático, o presidente se encontrou com o presidente Xi Jinping e tem participado da cúpula do bloco dos países emergentes, que além do Brasil, engloba a Rússia, Índia, China e África do Sul. Mas Temer está preocupado.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia defende que o avanço econômico do Brasil deve acontecer paralelamente ao lado político. São duas esferas que não deveriam interferir uma na outra. O empresariado não pode depender exclusivamente de interesses e articulações políticas.
O Brasil já voltou a crescer. Os números comprovam que os resultados, embora ainda tímidos, são positivos. Sinal de que andamos no caminho certo. E a política nacional deve priorizar ainda mais o setor gerador de empregos e que mais recolhe impostos no país.
O momento político é delicado. Mas os investimentos e as parcerias comerciais precisam se antepor aos interesses parlamentares e individuais.