Os maiores problemas enfrentados hoje no Brasil são oriundos da corrupção e do inchaço da máquina pública. Extinguir ministérios que representam a junção dessas duas anomalias parece plausível e necessário para reequilibrar as contas do país.
Na última quarta-feira (07), o presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou a extinção do Ministério do Trabalho, que será incorporado à outra pasta durante o seu governo. A decisão deverá reduzir bruscamente os gastos da União. Apenas o Ministério do trabalho possui um orçamento superior a R$90 milhões.
A atuação do órgão é constantemente questionada, não apenas pela falta de efetividade, mas pela deturpação da função e do nepotismo presente nesse sistema. A arrecadação do estado destinada ao pagamento do funcionalismo inoperante poderia ser aplicada nas áreas da saúde, educação e segurança pública ou em abatimento da dívida fiscal interna, por exemplo.
É preciso entender que os vínculos trabalhistas mudaram. Empregados e empregadores buscam relações mais autônomas, como fazem os países desenvolvidos. A área pública trabalhista deixou de ser um instrumento impositivo e protetor de uma das partes e se transformou em um entrave burocrático para o setor privado, desestimulando e retraindo o ambiente de negócios e a geração de empregos.
O presidente da CDL Uberlândia, Cícero Heraldo Novaes, já havia citado na Proposta lançada pela entidade para o reequilíbrio e a prosperidade do Brasil (leia aqui) a necessidade dessa mudança nas relações trabalhistas. “O contrassenso de leis ultrapassadas que visam regular as relações de trabalho entre patrões e empregados, prejudicam os interesses de ambas e dificultam uma relação racional e negociada”, afirmou.
Esta situação atual é instrumento para fomentar negócios sindicais e de partidos políticos.