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Petrobrás paga bilhões para não ser investigada.

A companhia ainda responde processos no Brasil, Argentina e Holanda.

3 de outubro de 2018

Para colocar um ponto final nas investigações por corrupção, a Petrobrás fechou um acordo bilionário na última quarta-feira (26) com autoridades americanas. A negociação tira a estatal da mira das empresas investigadas pelo governo americano e de uma condenação judicial que poderia provocar a falência da companhia, envolvida no escândalo de corrupção deflagrado pela Operação Lava-Jato.

O valor da multa devida ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos foi de US$853 milhões, equivalente a R$ 3,6 bilhões, incluindo impostos.

A empresa também foi multada em US$ 933 milhões (R$ 3,8 bilhões) pela SEC, órgão que regula o mercado de ações americano, mas o valor foi descontado do acordo feito no início do ano com investidores que receberam US$ 2,9 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) para encerrar a ação coletiva movida por detentores de ações na bolsa de Nova York.

Do valor pago, 80% serão desembolsados no Brasil e provavelmente destinados à programas sociais e educacionais monitorados pelo Ministério Público Federal voltados para o incentivo da transparência, cidadania e conformidade no setor público.

A companhia ainda responde processos no Brasil, Argentina e Holanda.

O Petrolão é só mais um exemplo claro da crise política que assola o país e escancara a total incompetência pública na gestão de negócios e no combate à corrupção. O valor destinado às multas é expressivamente maior que o dinheiro recuperado em desvios da empresa, R$2,5 bilhões.

Mais uma vez, o brasileiro fica com a bomba e paga na bomba de combustível preços manipulados para manter a empresa de pé e sustentar acionistas corruptos.

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