fbpx

Sistema CNDL

Notícias

Pequenos negócios mineiros geram quase 70% dos empregos em abril

Conforme dados do Caged, micro e pequenas empresas tiveram saldo de quase 19 mil postos de trabalho, com queda de quase 14% em relação a março

12 de junho de 2023

Os pequenos negócios seguem como os principais geradores de postos de trabalhos em Minas Gerais. Segundo levantamento realizado pelo Sebrae Minas, com base no Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Novo Caged), em abril, as micro e pequenas empresas geraram 69,8% das vagas no Estado, com saldo total de 18.978 empregos. A quantidade resulta da diferença entre 132.663 admissões e 113.685 desligamentos registrados no período.

No comparativo com março, o saldo representa uma queda de 13,86% no total de postos gerados. Em relação a abril de 2022, observou-se um aumento de 6,89%. Por sua vez, o saldo gerado pelas empresas de médio e grande portes em abril foi de 8.227, o que corresponde a 30,2% dos postos de trabalho.
“O mercado de trabalho acompanha sempre o crescimento econômico de um período. Logo, as micro e pequenas empresas são muito importantes para a retomada, no que diz respeito à geração de empregos. Quando vemos alguns sinais de melhoria nos indicadores, percebemos que os pequenos negócios demandam mais mão de obra, o que representa maior circulação de dinheiro na economia”, analisa o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

O setor de Serviços aparece como o maior gerador de empregos em Minas Gerais, com saldo de 9.340 novas vagas, seguido pela Construção Civil (3.675) e pela Agropecuária (2.692). Depois de passar por período ruim em janeiro e fevereiro, com saldo negativo de vagas, o Comércio mostrou recuperação pelo segundo mês consecutivo, e apresentou saldo de 1.811 vagas, 20% a mais que em março. Já a Indústria de Transformação chegou a uma diferença positiva de 1.324 postos, enquanto a Indústria Extrativa Mineral obteve saldo de 136 empregos.

Entre as atividades econômicas específicas, o cultivo de café, com um saldo positivo de 1.045 vagas geradas nos pequenos negócios mineiros, foi o que mais obteve avanço em abril. “A Agropecuária apresenta picos de contratações e demissões em determinados períodos no ano. É um setor muito forte em Minas Gerais e isso representa maior demanda de mão de obra para as micro e pequenas empresas. Além do cultivo de café, as atividades de reparação de terrenos de cultivo e colheitas tiveram resultados satisfatórios, o que puxa o saldo positivo na Agropecuária”, destaca Marcelo de Souza e Silva. Outras atividades em crescimento foram a construção de rodovias e ferrovias, com 1 mil vagas, e transporte rodoviário de cargas, com 831 postos.

Saldo em Minas

Minas Gerais foi superado apenas por São Paulo entre os maiores saldos de empregos em abril – o estado obteve uma diferença positiva de quase 19 mil postos. Belo Horizonte, com saldo de 3.441, se tornou a cidade mineira com melhor resultado, seguida por Patos de Minas (1.280), Betim (892), Uberlândia (696) e Contagem (548). Por sua vez, Rio Paranaíba, no Alto Paranaíba, obteve saldo negativo de 175, registrando o pior desempenho em todo o estado.

Perfil das contratações

As contratações mais comuns nos micro e pequenos negócios mineiros em abril foram de homens na faixa etária de 18 a 24 anos e com Ensino Médio completo – representam 59,4% dos postos de trabalho preenchidos. Curiosamente, esse perfil foi o mais assíduo nas demissões no mês em questão, com mais de 60% dos vínculos de empregos encerrados. O salário médio pago de admissão foi de R$ 1.742,76, praticamente na mesma faixa do salário de desligamento (R$ 1.749,30).

Fonte: Agência Sebrae

Compartilhe