No primeiro trimestre deste ano, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) com presença on-line em Minas Gerais geraram um total de R$ 89 milhões em vendas. Esse valor representa, para o setor, um aumento significativo de 24% em comparação com o mesmo período de 2023, quando as vendas alcançaram R$ 72 milhões.
Os dados foram revelados por um estudo conduzido pela Nuvemshop, plataforma de criação de lojas on-line na América Latina.
A pesquisa também mostra que o número total de itens vendidos durante os períodos de 1° de janeiro a 31 de março, tanto de 2023 como de 2024, com base nos dados dos lojistas mineiros que utilizam a plataforma. No total, foram 1,2 milhão de produtos vendidos de forma on-line no primeiro trimestre de 2024 em Minas, o que significa um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2023.
Os segmentos campeões de vendas no Estado são:
- Moda, com um total de R$ 39 milhões em vendas;
- Acessórios, com R$ 4,5 milhões;
- Saúde & Beleza, com R$ 4 milhões.
Datas comerciais ajudaram a emplacar as vendas
A gerente sênior de Sucesso do Cliente da Nuvemshop, Marcela Orlandi, destaca a importância das datas comerciais do primeiro trimestre, como o Carnaval, a Semana do Consumidor e a Páscoa, que se apresentaram como oportunidades valiosas para impulsionar as vendas no varejo.
“Compreender o momento certo a fim de realizar promoções e oferecer condições especiais ao consumidor é um diferencial, especialmente durante um período que não é tradicionalmente o mais forte para todos os setores”, diz.
Marcela avalia que aliar uma estratégia de negócio eficaz com uma presença forte nas redes sociais e iniciativas para fidelizar os clientes “foi a receita de sucesso adotada pelos empreendedores”.
Faturamento nacional do setor
Segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no ano de 2023, os pequenos e médios negócios continuaram a ter destaque no cenário econômico nacional, conforme apontado pelo Índice Omie de Desempenho Econômico das Pequenas e Médias Empresas (IODE-PMEs).
O índice revelou que o crescimento dessas empresas foi mais do que o dobro do produto interno bruto (PIB) do País. Enquanto o crescimento econômico do Brasil ficou em torno de 2,9%, as PMEs expandiram seus negócios em aproximadamente 7% no último ano, considerando a movimentação financeira real dos empreendimentos, descontada a inflação.
O setor que mais se destacou foi a pequena e média indústria, com um aumento de expressivos 17% no faturamento. Os serviços também apresentaram resultados positivos, registrando um avanço de 4,4% em comparação ao ano anterior.
Por outro lado, o comércio enfrentou uma retração de 3,6%, enquanto o segmento de Infraestrutura teve uma queda de 2%. O IODE-PME funciona como um indicador econômico para empresas com faturamento anual de até R$ 50 milhões, monitorando um total de 678 atividades econômicas nos quatro principais setores.
A pesquisa também sugere que as empresas foram beneficiadas pela recuperação da renda das famílias, influenciada pela geração de empregos no mercado de trabalho. Além disso, medidas como a ampliação do Bolsa Família, o aumento do salário-mínimo e a redução da inflação para 4,62% também contribuíram para esse desempenho positivo.
Para este ano, os responsáveis pelo índice projetam um crescimento mais moderado para os pequenos e médios negócios, estimando uma expansão de 3,1%. Essa projeção é impulsionada pela redução da taxa básica de juros (Selic), que tende a favorecer o consumo das famílias e afetar positivamente o setor de serviços, além de alguns segmentos da indústria.
Fonte: Diário do Comércio