Em 2020, a União gastou quase R$10 bilhões com a Justiça Eleitoral. Deste montante, 64% foi destinado a remuneração de cerca de 15,5 mil servidores.
Embora a pandemia tenha reduzido parte das despesas com o trabalho remoto, o custo estimado das eleições municipais foi de R$ 647 milhões.
Além de julgar questões eleitorais, esses órgãos, com sedes faraônicas, realizam atividades meramente administrativas, como convocação de mesário, instalação de urnas eletrônicas e cadastro do eleitorado, do registro e da fiscalização de partidos.
Em vez de terceirizar funções técnicas para agências e autarquias especializadas, como ocorre em outros países, estamos pagando salários altíssimos para a realização de atividades que poderiam ser feitas com menor custo para os cofres públicos.
Somado a essa despesa, o contribuinte ainda terá que bancar o provável aumento de 100% do fundão eleitoral para financiar campanhas eleitorais em 2022. Em plena calamidade pública, estamos patrocinando com suor e dificuldades, espetáculos partidários que custarão cerca de R$4 bilhões para a União.
As fortunas ultrajantes direcionadas à Justiça Eleitoral e aos 33 partidos vigentes poderiam socorrer milhares de brasileiros em situação de alta vulnerabilidade social.
Somos todos reféns de um sistema jurídico oneroso, arcaico e moroso. Somos todos vítimas de um funcionalismo corrompido por interesses políticos. Estamos todos sucumbindo aos males que destroem a Democracia.