Somente em julho, setor disponibilizou 43,7 mil novos postos de trabalho no Brasil; médias e grandes tiveram baixa de 6,8 mil funcionários
Economia instável, dúvida dos consumidores, baixo volume de vendas e alta carga tributária. Fatores que poderiam determinar a estagnação do empresário e talvez até o fim prematuro de um bom negócio. Mas o que se observa no país é exatamente o contrário. O cenário é fácil de entender: grandes e médios negócios demitiram. Micro e pequenos contrataram. Enquanto as grandes e médias empresas tiveram um saldo negativo de 6,8 mil postos de trabalho em julho deste ano, as micro e pequenas empresas tiveram um saldo positivo de 43,7 mil vagas.
Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que mensalmente analisa a quantidade de funcionários contratados e demitidos nos mais diversos ramos de atuação. No acumulado do ano, o resultado é ainda mais impressionante. As pequenas criaram 264,3 mil empregos, já as médias e grandes empresas extinguiram 169,2 mil vagas no período.
Hoje as empresas de pequeno porte respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que é a soma de tudo o que é produzido internamente no país. Mas se o percentual parece baixo – apenas um terço do total – são essas empresas que mais geram empregos: 54% das vagas formais de trabalho. O número é real e resoluto.
Para a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia, isso é fruto de esforço do empresário e diversificação de produção. O brasileiro é um povo muito criativo e que não concentra todos os esforços somente em um mesmo ramo de atuação. E o microempreendedor mostra justamente isso. Ele tem uma ideia, coloca em prática, começa a ter lucros e contrata pessoas.
Em meio à crise econômica e de prejuízos causados pelos embates políticos, os resultados surpreendem de forma muito positiva. Dados do IBGE apontam 13,5 milhões de desempregados no Brasil. Isso é alarmante.
E mesmo assim, novas vagas são abertas todos os dias por micro e pequenos empresários, que pagam impostos e fazem o país funcionar. É preciso fomentar ainda mais o trabalho das empresas de pequeno porte, com redução da carga tributária e estímulo à abertura de novos negócios.
