Planejamento original não será atingido por conta da queda na arrecadação
É hoje a reunião final entre o presidente Michel Temer e os ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, e da Fazenda, Henrique Meirelles, para definir o índice do déficit primário para 2017 e 2018. O indicador é o resultado negativo das contas da União, sem considerar os juros da dívida pública. A princípio a meta estava estipulada em R$ 139 bilhões para este ano e em R$ 129 bilhões para o ano que vem. Entretanto, a arrecadação de impostos em queda gradativa e uma série de insucessos de novas receitas impediram o cumprimento da meta estabelecida.
O que poderia amenizar a situação para o lado do Governo Federal era um novo edital do leilão de renovação de concessão de usinas hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que poderia agregar R$ 11 bilhões aos cofres federais ainda em 2017.
Além de uma segunda etapa do programa de regularização de ativos no exterior, denominada de repatriação, que colocaria outros R$ 13 bilhões em conta. Mas a frustração foi grande e o caixa “engordou” somente 12,3% disso, totalizando R$ 1,61 bilhão.
Bom, o governo ainda teve dizer não a duas medidas que poderiam aumentar receitas. Uma do PIS/Cofins sobre o etanol, que reduziu a arrecadação em R$ 501 milhões e outra sobre o fim da desoneração da folha de pagamento para 46 dos 52 setores beneficiados pela política. Resultado? Menos R$ 4,8 bilhões no caixa da república.
Analisando a gestão pública atual e o período de incertezas que atravessa o presidente Michel Temer e toda a sua equipe, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia entende que o momento é de união e perspectiva positiva para a classe empresarial.
Os momentos mais difíceis já ficaram para trás. E agora a economia vai se estabelecendo paulatinamente e com expectativas de um futuro promissor. A área econômica não deveria andar diretamente aliada à política. Mas pelo que se vê algo está sendo feito para a evolução e o desenvolvimento do país.