Lideranças varejistas e poder público pretendem lançar, ainda esse ano, a “Semana do Brasil”. A proposta é criar a versão nacional da Black Friday, uma das datas mais aguardadas por lojistas e consumidores do mundo inteiro em função dos descontos oferecidos nas compras e da possibilidade de girar o estoque.
O plano para impulsionar a data ganha um forte aliado: a liberação de R$500 das contas ativas e inativas do FGTS, que representará uma injeção de R$30 bilhões na economia brasileira.
Além disso, está em discussão, a redução ou isenção da cobrança do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), em parceria com os governos estaduais, e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre produtos eletrônicos e eletrodomésticos durante o período da campanha.
A previsão é que essa ação aconteça entre os dias 6 e 15 de setembro, para estimular as vendas do mês, que geralmente é pouco lucrativo para o mercado, e aproveitar o apelo nacionalista do dia 07 de setembro, data da Independência do Brasil.
Além do varejo, setores como turismo, hotelaria, concessionárias, bancos e fabricantes de automóveis poderão aderir à data.
A iniciativa sinaliza uma aproximação do atual governo com as pautas varejistas e demandas empresariais, porém deixa uma lacuna ao limitar os incentivos fiscais às empresas que comercializam eletrônicos e eletrodomésticos. Mesmo com pouquíssimo tempo para colocar o projeto em ação, esperamos que os organizadores contemplem as pequenas e médias empresas e os demais setores da economia, criando estímulos para que todos possam aproveitar o período, afinal, quando os negócios ganham, a economia também ganha.