A última edição de 2017 da Feira de Oportunidades reuniu antigos e novos expositores, são empreendedores que acreditam no relacionamento e exposição de seus produtos e serviços para atrair novos clientes e divulgar sua marca. Com um produto consolidado no mercado de Uberlândia e região há 14 anos, o Açaí Nativo participou pela primeira vez da feira com intenção de conhecer e ser visto. Os proprietários Thallita Alcântara e Aníbal Germano gostaram do custo benefício oferecido e vieram certos da visibilidade que o evento oferece. Em 7 anos de parceria com a CDL ainda não haviam participado da Feira de Oportunidades e por gostarem dos eventos realizados pela entidade não tiveram dúvidas para participar este ano. Com duas lojas na cidade, uma no centro e outra no bairro Roosevelt, os proprietários devem começar a primeira franquia vendida este ano, já em fevereiro de 2018. Atualmente os potes de açaí em quatro tamanhos diferentes são distribuídos também em atacado, para supermercados de 18 cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
Já as peças personalizadas da Luma Lemos T-Shirts e Pedrarias completam a quarta participação na Feira de Oportunidades que acontece em cinco edições por ano. Bordadas à mão com estampas exclusivas as T-Shirts Luma Lemos que eram vendidas apenas a partir de divulgação pela internet agora vieram inovar. A loja física foi montada na Av. Dr. Misael Rodrigues de Castro, 757 no bairro Santa Mônica e está recheada de novidades. “Agora eu vendo também pedrarias que trago de outras cidades, já que pra mim era uma dificuldade achar esse tipo de material aqui. E como o público gosta, colocamos também aviamentos e lembrancinhas para agregar mais valor aos produtos”, explica a comerciante.
E quem não gosta de um salgadinho frito na hora com recheios inovadores? A Uai Coxinhas oferece 14 sabores que são preparados na hora do pedido. Welisson Moura Rodrigues é o criador da ideia que conseguiu realizar há um ano e meio e tem dado certo. “Hoje eu vim para vender, mas sempre acabo divulgando muito e já surgiu um pedido até para criar uma franquia”, conta o proprietário da bike truck que já prepara a novidade para o ano que vem.
Palestra: “Os estouros da pipoca do Valdir”
O simpático pipoqueiro que ficou conhecido nacionalmente veio contar sua história de sucesso com a pipoca. Nascido em São Mateus do Sul, pequena cidade no Paraná, mora há 30 anos em Curitiba-PR e foi lá que conquistou crescimento profissional e reconhecimento. O clima frio do Paraná segundo ele é um ponto positivo quando se fala em comida. “Grande parte do ano é de clima frio e com isso as pessoas comem mais”, comenta Valdir Novaki.
Ele conta que pensou em cada detalhe, a higiene antes e depois de consumir a pipoca é algo que ele fez questão de colocar em prática. Em uma cidade onde os pipoqueiros são quase uma atração turística e estão em grande quantidade nas ruas, é preciso ter diferencial para se destacar. E foi assim, escolhendo por exemplo a matéria prima ideal. Depois de diversos testes passou a usar um milho importado da Argentina, que segundo ele rende mais e é mais saboroso. E lá se vão 25 quilos por dia.
Observador ao extremo percebeu que os clientes estão nas ruas e por isso precisam higienizar as mãos antes de comer, por isso ele oferece álcool em gel antes que as pessoas comecem a degustar a pipoca, que é vendida em três sabores: salgada com bacon, pipoca doce com chocolate e côco e pipoca de canjica, salgada e quentinha. O jaleco, que ele chama de “guarda-pó” como se diz no Paraná, está sempre impecável, é trocado diariamente e tem até o dia da semana estampado demonstrando a importância desta atitude. “O detalhe é o que faz a diferença, e é também o que muitos concorrentes não valorizam”, explica Valdir Novaki.
Foi vendendo pipoca e observando detalhes que Valdir cresceu e hoje viaja o país contado sua história de sucesso. Já são 10 anos e mais de mil palestras em todos os estados brasileiros. “Quando comecei, a convite de um professor e cliente foi difícil falar em público, mas fui lá assim mesmo me expressando do meu jeito”, relembra o comerciante. Hoje as palestras se tornaram a principal fonte de renda, já que quando começou a ministrá-las era apenas para incrementar o que ganhava por mês vendendo pipoca.
De pipoqueiro à palestrante, hoje o carrinho continua com os estouros e quem cuida das vendas são a esposa, o filho e a nora, enquanto ele viaja contando a história para públicos variados, inspirando as pessoas. E com toda simpatia e simplicidade ele continua inovando. O carrinho antes iluminado por um lampião, agora capta energia solar, o que permite seu deslocamento por eletricidade e iluminação por meio de 12 lâmpadas de led. E para os próximos meses já quer colocar televisão para os clientes, internet sem fio e embalagens personalizadas.
O pipoqueiro transmitiu em sua palestra experiência e estratégias usadas por ele que transformaram seu negócio em um case de sucesso nacional. São estratégias simples e inspiradoras que podem ser utilizadas em diversos segmentos.
Além das palestras, Valdir Novaki atualmente ajuda duas instituições em Curitiba e ressalta que o importante é poder retribuir um pouquinho do tanto que recebeu de ajuda ao longo de 12 anos estourando pipoca por lá.