Otimistas ou audaciosas, algumas empresas resolveram tomar controle da situação e investir no Brasil este ano, apesar das dificuldades. Entre elas estão as montadoras Audi, Hyundai, Jeep e Cherry, além das empresas Unilever, CVC, TAM, BRF, Rede de Hotéis Ibis e TIM. Esses investimentos representam geração de emprego e impostos, renda para os trabalhadores e novas oportunidades. Confira a seguir mais detalhes sobre os investimentos:
Audi
“Toda crise tem um vencedor”. Esse é o mote de Jörg Hofmann, presidente da Audi no Brasil, para continuar investindo no Brasil mesmo em um momento de crise econômica. Com um plano de longo prazo e que abarca todas as facetas do negócio, da produção à pós-venda, ele quer chegar a 30 mil unidades vendidas até 2020. Em 2014, as vendas cresceram da Audi 86,6% no Brasil, em relação ao ano passado. Já no primeiro trimestre de 2015, a montadora vendeu 3.444 carros no Brasil, 22% a mais que no ano passado.
Hyundai
A montadora opera 24 horas em três turnos e, às vezes, chega a convocar trabalhadores para horas extras aos sábados. Para este ano, a marca coreana pretende repetir o mesmo volume de produção atingido em 2014, de 180 mil veículos. Além disso, a nova fábrica de trens a ser construída em Araraquara (SP) será um polo exportador da companhia para a América Latina. Com investimento inicial de US$ 40 milhões, a segunda maior planta da empresa sul-coreana no mundo irá produzir diversos tipos de trens de passageiros.
Jeep
A Jeep pretende multiplicar por quatro seu número de concessionárias no Brasil, até chegar a 200 lojas no final de 2015. A expansão faz parte de um plano ambicioso anunciado pelo presidente da companhia, Mike Manley. O plano também inclui a abertura de uma fábrica de montagem em Goiana (PE). A unidade, que será a mais moderna da Fiat Chrysler Automobile (FCA), com um investimento de mais de R$ 7 bilhões, começou a produção do Jeep Renegade no primeiro trimestre de 2015.
Chery
Outra montadora, a Chery irá investir cerca de US$ 700 milhões para construção do Polo Industrial de Jacareí, no interior paulista, mesma cidade onde a montadora inaugurou, em agosto de 2014, sua primeira fábrica de veículos no país. O montante será investido pela marca junto com outras 25 empresas fornecedoras que deverão se instalar no local. Entre produtoras de autopeças, empresas de logística e serviços, elas devem gerar, juntas, 5 mil empregos. A previsão da montadora chinesa é de que o complexo esteja operando plenamente somente em 2017.
Randon
Ao lado da Audi, Jeep e Hyundai, a fabricante de implementos rodoviários e autopeças Randon também tem planos de investimento no Brasil em 2015. Apesar da queda de 27,9% na receita líquida consolidada do primeiro trimestre sobre igual período do ano anterior, a Randon projeta 120 milhões de reais em investimentos para 2015. O volume é praticamente igual ao desembolsado em 2014.
CVC
A CVC Operadora e Agência de Viagens aumentou o número de passageiros em 20% no primeiro trimestre de 2015. A empresa comprou 100% do capital social da B2W Viagens e Turismo Ltda., empresa responsável pelas atividades de agência de viagens online da B2W – Companhia Digital sob a marca Submarino Viagens, bem como a licença de certas marcas e domínios “Submarino Viagens” para a B2W Viagens. O negócio terá um valor total de até de R$ 80 milhões.
TAM
A TAM Cargo, unidade de cargas do Grupo Latam no Brasil, irá investir 94 milhões de reais até 2016. Deste montante, R$ 80 milhões serão destinados à melhoria e construção de infraestrutura, e os outros R$ 14 milhões estarão dirigidos aos setores de tecnologia e de segurança.
BRF
A companhia teve lucro líquido de 462 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 42,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa está no meio de uma reestruturação que a tornará mais global. Segundo Pedro Faria, presidente global da companhia de alimentos, existem oportunidades de aquisições fora e dentro do Brasil que podem ser anunciadas ao longo do ano.
Accor
A rede de hotéis Accor vai lançar 26 novas unidades na região da América Latina e Caribe até 2018. Para isso, a empresa conta com um investimento de 780 milhões de reais, feito por parceiros do grupo. Dos novos empreendimentos, 18 serão abertos no Brasil, um na Argentina, três Chile, dois na Colômbia e dois no Panamá. Serão 3.000 quartos novos, gerando aproximadamente 900 empregos diretos e 3.600 indiretos. Por aqui, a expansão se dará por meio da bandeira econômica Ibis. As unidades serão construídas em cidades com alto potencial de negócios, localizadas próximo a capitais.
TIM
O plano de investimentos da TIM para o período de 2015/2017 é mais ambicioso que o anterior. Nos próximos dois anos, a empresa de telefonia pretende investir R$ 14 bilhões. O plano anterior, referente a 2014/2016, era de R$ 11 bilhões. Com isso, houve aumento de 27%. A companhia também quer abrir mais de 30 novas lojas no estado de São Paulo em 2015. A empresa procura interessados em investir ao menos 200 mil reais para abrir negócio próprio com a marca TIM.
Fonte: Exame.com