Palavras foram pronunciadas pelo presidente Cicero Heraldo Novaes, em solenidade de homenagem da Câmara Municipal para a CDL Uberlândia

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este ano a CDL faz 40 anos e mostra que a resiliência, a moral e a defesa do ambiente de negócios continuam sendo inabaláveis em seu curso. Sua reputação foi sendo construída pela qualidade dos serviços oferecidos e, principalmente, pela lisura e sensatez com que sempre representou seus associados.

A escolha de sua logomarca, que representa a “nau fenícia”, foi habilmente escolhida para demonstrar que a entidade se identifica com algumas qualidades, que fizeram o sucesso dos antigos fenícios, tais como:

•          A capacidade de relacionar com outros povos mais poderosos e se beneficiar.

•          A permissão para que estrangeiros viessem a se instalar em suas cidades, desde que montassem seus próprios negócios.

•          O pagamento de tributos a outros estados, desde que tivessem a livre iniciativa e o comércio garantidos.

•          A criação de negócios entre a monarquia e a oligarquia, que era a iniciativa privada da época.

Estes preceitos contribuíram para o desenvolvimento e a qualidade de vida de seus habitantes e levaram a Fenícia, a ter a mais moderna e eficiente frota de barcos mercantes de toda a antiguidade.

Quando presenciamos a contínua degradação moral dos governantes e a destruição crescente dos valores e das empresas de nosso país, não podemos ficar calados e nem ausentes, como a maioria dos empresários e a prevalência da população economicamente ativa.

Cada dia fica mais claro nosso dever de proteger nosso legado, como brasileiros, para garantir um futuro melhor e mais promissor para nossos descendentes.

Nossos três poderes executivo, judiciário e legislativo precisam ser reestruturados e modificados, para deixar de beneficiar seus componentes e permitir que realmente seus membros, façam o papel que lhes foi conferido pela sociedade e principalmente, por aqueles que produzem e trabalham.

O corporativismo do estado e dos sindicatos é extremamente adverso e danoso, para as relações de trabalho e para a livre iniciativa.

Precisamos mudar leis, corrigir distorções de poder, fazer a justiça funcionar e ser justa, assumir o papel de cidadãos, através de ações e de posicionamentos políticos e de informações corretas e transparentes, que nos garantam que nossos recursos estão sendo gastos apropriadamente e em sintonia com as reais necessidades de nossa população.

Estes crimes cometidos contra o povo brasileiro, que estamos assistindo diuturnamente, são gravíssimos e pela tradição cultural, baseada na espoliação dos colonizadores e a apatia com que a população está acostumada a encará-los, nos remete a “banalidade do mal”, expressão criada pela teórica política alemã Hannah Arendt, para definir como a população civil alemã encarava como normalidade, os horrores praticados pelos nazistas.

Como resultado, provavelmente estas transgressões e delitos não serão combatidos ou punidos com o devido rigor e continuaremos a enfrentar crises cíclicas e um descompasso cada vez maior, na desigualdade social e no desenvolvimento de nosso país.

É preciso coragem, vontade, destemor, tenacidade e antes de tudo união, para enfrentar as consequências do confronto, para conseguir as mudanças necessárias, mas antes isto é melhor, do que assistir a derrocada de um país que nasceu com todas as bênçãos de Deus.

A CDL como representante de todos os que realizam, criam empregos e aprenderam a trabalhar na adversidade, tem como meta interferir, colaborar e contribuir para o bem comum da sociedade e se coloca à disposição dos governantes, para em conjunto, produzir medidas que tragam qualidade de vida e pacifique as relações entre o poder e o povo.

Agradecemos aos membros da Câmara Municipal de Uberlândia que nos concederam a “Honra ao Mérito” e tal reconhecimento, aumenta nossa responsabilidade como defensora da melhoria contínua do ambiente de negócios e do aumento de renda da população.

A competência e a estrutura da iniciativa privada deve ser o caminho para o progresso e o estado, como indutor e incentivador da livre iniciativa e o garantidor de um regime de “oportunidades iguais para todos”, o guardião da ordem.

Termino com as palavras da poetisa Gabriela Mistral:

“Dai-me, Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo, um ponto de partida para um novo avanço”.

Muito obrigado!

Cicero Heraldo Novaes

Presidente da CDL de Uberlândia