Dia de Nossa Senhora Aparecida (12/out) vai antecipar sessões deliberativas na Câmara
A denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da secretaria-geral da presidência, Moreira Franco, todos do PMDB, pode ser agilizada esta semana por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida, celebrado na próxima quinta-feira (12/out). Formalmente, a apresentação do relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) está prevista para terça-feira (10/out).
Mesmo assim, o que acontece nos bastidores aponta que isso pode não acontecer. No expediente da Câmara pode aparecer um pedido de vista coletivo, com prazo de pelo menos duas sessões do plenário da Casa, para que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) possa votar internamente o relatório. É possível que este ‘prazo a mais’ seja aceito pelo presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).
Além de definir os futuros passos do presidente da República, os deputados também têm outras atribuições esta semana, como a votação de um projeto de lei que cria uma cota mínima de 10% a 16% das vagas para mulheres no Poder Legislativo e também um projeto para regulação do sistema financeiro.
Enquanto isso, Michel Temer continua no poder, sem saber até quando, já que esta não é a primeira acusação contra ele. Em agosto deste ano a primeira denúncia – por corrupção passiva – apresentada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi declinada pelos parlamentares. Na ocasião, 227 deputados votaram a favor e 263 conta. Eram necessários pelo menos 342 votos favoráveis para seguir com o pedido.
Para a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia é respeitável a abertura de investigação contra quaisquer suposições de irregularidades no poder público, seja na esfera municipal, estadual ou federal, atingindo inclusive o presidente da República. É preciso apurar os fatos. Se houver culpabilidade, precisa haver punição. Mesmo assim, é extremamente importante que o andamento das investigações não prejudique de nenhuma forma a economia do país.
Muitas vezes o que se vê é uma movimentação política que paralisa parcialmente ou mesmo de forma integral o desenvolvimento econômico da nação. A política e a economia precisam andar de forma paralela, de maneira que um setor não prejudique o outro.
Se o presidente Michel Temer for considerado culpado, é o próprio poder público que vai estabelecer critérios e punições a serem aplicadas. Mas a economia precisa seguir seu ritmo normal e voltar a apresentar índices de crescimento.