Pesquisa do IBGE mostra que em 2017 o crescimento foi de 2% nas vendas diretas ao consumidor final
Depois de dois anos com o comércio em queda, em uma situação delicada por causa da crise financeira, chegou o momento da reação. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE na primeira quinzena de fevereiro de 2018 mostram um crescimento tímido de 2% nas vendas no comércio em 2017. Não é uma informação tão animadora se compararmos à época anterior à crise, porém já alegra quem está no setor.
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As vendas ao consumidor final, avaliadas na pesquisa do IBGE refletem na realidade da nossa economia, que já mostra sinais positivos. Um dos motivos pode ser a reação do mercado de trabalho. Se o desemprego reduz, o comércio sente impacto positivo, pela simples lógica: se há mais dinheiro em circulação, as compras também crescem.
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E falando em valores em circulação, a liberação do dinheiro de contas inativas do FGTS que o governo realizou no último ano também aqueceu o mercado, não apenas para a quitação de dívidas, mas também para o consumo de produtos. Sendo assim o ano de 2017 se mostrou bem melhor que 2016 quando a crise teve patamares mais elevados.
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Foram meses melhores na comparação com o mesmo período do ano anterior e outros nem tanto, já que as vendas de dezembro não foram tão boas como se esperava, devido às promoções de dezembro da chamada Black Friday. Quem aproveitou as ofertas de novembro não comprou tanto em dezembro, mês que se espera aquecimento no comércio.
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Contudo o ano que se encerrou ficou melhor em números para o comécio, o que traz boa expectativa para este 2018 que deve ter reflexo até mesmo no PIB, Produto Interno Bruto. Se em 2016 e 2015 as quedas nas vendas foram constantes, um crescimento de 2% em 2017 é considerado um bom resultado.
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Ainda falando em boas expectativas, uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil e CNDL aponta que a maioria dos Micro e Pequenos Empresários está otimista com o futuro da economia do país, pelo menos 51% dos entrevistados têm esta opinião.
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O Indicador de Expectativas avalia o que os empresários esperam do futuro, pesquisa realizada segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
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A maioria, otimista e confiante com os negócios para este ano, espera crescimento na própria empresa, apoiado em vários fatores.
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Dos otimistas 38% já notam a melhora de alguns indicadores econômicos e 16% acreditam que o país tem um amplo mercado consumidor. Entre os que esperam crescimento nos negócios no próximo semestre 35% falam em confiança na boa gestão que fazem do negócio, o que seria uma forma concreta de se distanciar dos efeitos da crise. Apenas 18% dos questionados estão pessimistas em relação ao futuro da economia do país. Estes falam sobre a questão política que ganhou mais evidência nos últimos tempos e isso pode gerar incerteza nas perspectivas econômicas de 69% dos entrevistados.