Para cobrir uma série de prejuízos bilionários acarretados por falhas de logística, corrupção, sucateamento e má gestão, os Correios resolveram embalar suas dívidas e entregá-las nas mãos do consumidor.
Desde o último dia 27, a estatal começou a cobrar o valor fixo de R$15 para encomendas internacionais. A taxa de despacho postal, que desde 2014 era cobrada apenas para importações tributárias pela Receita Federal, foi ampliada para todas as encomendas, independentemente do custo da compra.
A justificativa para a nova taxa é que o número de pedidos em sites estrangeiros aumentou muito nos últimos anos e a empresa precisou injetar recursos nos serviços de tratamento das encomendas, como o recebimento dos objetos, inspeção por raio X, formalização da importação, entre outras operações.
Cabe agora ao serviço postal prestar sérios esclarecimentos à Justiça e ao consumidor, já que a medida não tem nenhuma fundamentação legal, afinal, mesmo com o aumento das importações, tais compras já eram taxadas. A empresa também terá que justificar a ausência de aviso prévio para aqueles que já efetuaram suas compras.
Órgãos de defesa do consumidor começaram a se mover e cobrar respostas sobre a cobrança adicional indevida, uma vez que o consumidor pagou antecipadamente pela mercadoria e pelo frete até o destino final no ato da compra. Mais um absurdo embalado para presente (de grego) para o brasileiro.