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Congresso Nacional: o oásis dos partidos

O Brasil soma hoje 35 partidos políticos registrados e outros 73 em processo de formação.

4 de dezembro de 2018

Nunca foi tão fácil e catastrófico garantir um lugar ao sol no Congresso.

O Brasil soma hoje 35 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de outros 73 em processo de formação.

São legendas criadas com o pretexto de garantir maior representatividade para a diversidade ideológica existente no país, mas que, em sua maioria, representam unicamente os interesses escusos de seus partidos.

Esses grupos, que deveriam fortalecer as diferentes convicções políticas da sociedade, atuam com pouca ou nula profundidade teórica, não possuem programas de governo e pleiteiam uma vaga política a partir da compra de votos, de alianças com outros partidos e de trocas de favores.

A própria constituição facilita a proliferação desses “parasitas políticos”, já que assegura a eles autonomia para criar, fundir, incorporar, definir suas próprias estruturas ou até deixar de existir. O resultado é o surgimento de partidos pequenos que só existem para arrecadar fundo partidário, garantir mandatos, aumentar chances de reeleição, negociar cargos e barganhar apoio.

Em um cenário tão fragmentado por essa abundância de siglas, será um grande desafio para o presidente eleito contar com o apoio da maioria sem mostrar os dentes.

Ainda que a cláusula de barreira seja uma reconhecida solução para reduzir a quantidade de partidos com pouca representação na Câmara, à medida que, sem acesso ao fundo e ao tempo de TV, os penalizados acabam se fundindo com outras legendas, é preciso mais.

Somente com uma reforma política consistente e disciplinar conseguirá reverter esse quadro vergonhoso formado por cidadãos que transformaram um ato democrático em um ato lucrativo.

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