Encontro na sede da entidade foi na tarde de quarta-feira (7) e debateu assuntos de interesse da classe empresarial no município
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia e membros da diretoria participaram na tarde de quarta-feira (7) de uma reunião com representantes do Banco Central do Brasil. O encontro foi importante para discutir assuntos relacionados à classe empresarial no município e outros temas ligados ao comércio.
Sérgio de Castro, chefe de divisão do Banco Central, liderou a equipe que visitou a entidade. Em pouco mais de uma hora, ele abordou temas como falta de moedas no comércio, relevância mercadológica de Uberlândia no cenário mineiro e nacional, fiscalização de transportadoras de valores, falsificação de dinheiro e atuação da Polícia Federal e ainda a composição das cédulas de dinheiro e características.
E é justamente a distribuição de dinheiro que preocupa o Banco Central. Tanto que a instituição financeira propôs uma parceria com a CDL Uberlândia para orientar o mercado, os lojistas e os consumidores finais quanto à falsificação de cédulas. “Hoje quando uma pessoa pega uma cédula falsa, ela precisa devolver no banco para a instituição examinar. A nota será encaminhada ao Banco Central. Se for falsa, a pessoa fica com o prejuízo. Mas o assunto é amplo. A legislação diz que se a pessoa passar uma cédula falsa inadvertidamente, mesmo sem má fé, pode ser condenada a 6 meses a 1 ano de cadeia. É um crime inafiançável”, afirmou.
Sérgio de Castro ainda reforçou a posição do lojista diante de uma possibilidade de fraude. “Ninguém é obrigado a receber uma cédula suspeita. Se o comerciante desconfiar, ele pode recusar a cédula. É importante sempre observar as características da nota, que servem justamente para evitar que as notas falsas sejam usadas”, complementou.
FALTA DE TROCO NO MERCADO
Uma das grandes reclamações no comércio uberlandense é a falta de troco para devolução aos clientes. Diante desse cenário, o chefe de divisão explicou que o Banco Central rotineiramente faz o envio de cédulas de pequeno valor e moedas para diversas regiões do Brasil. E esclareceu algo ainda desconhecido por grande parte do mercado.
“O Banco do Brasil deve, por lei, disponibilizar um guichê de troco em uma determinada agência. Isso existe em Uberlândia e nós fiscalizamos que está funcionando. O dinheiro pode ser trocado por qualquer pessoa física, independente de ser correntista ou não. Em Uberlândia a agência fica na avenida Afonso Pena, 745. Quem não for atendido com essa finalidade, pode fazer uma denúncia no Banco Central e o banco será notificado”, disse. O telefone para este fim é o 145.
Além disso, é importante ressaltar que o Banco Central abasteceu a cidade no último mês com notas e moedas, justamente para facilitar as relações comerciais. O montante foi entregue no Banco do Brasil, que é a instituição responsável por distribuir para outros bancos públicos e privados.
TREINAMENTOS E ORIENTAÇÕES
Os representantes do Banco Central entregaram cartilhas e cartazes para a CDL Uberlândia para distribuição para o comércio. E ainda ofereceram oportunidades de treinamentos e orientações para explicação sobre cédulas, falsificação e identificação de possíveis fraudes.
O presidente da CDL Uberlândia, Cicero Heraldo Novaes, e sua diretoria, aprovaram a ideia. A data para isso ainda será definida.