Em pouquíssimo tempo, carteiras serão objetos para colecionadores. Primeiro, foi o desaparecimento progressivo dos cheques; depois, as notas de dinheiro perderam protagonismo para os cartões; agora é a vez do modelo de plástico ficar obsoleto.
Desde o “boom” da Fintechs, empresas que otimizam serviços do sistema financeiro, o consumidor aderiu às transações on-line pela proposta bem-sucedida de simplificação e redução de custos, afinal, abrir uma conta e gerir recursos através de um aplicativo é muito mais atrativo que enfrentar filas e toda a burocracia das instituições físicas.
Acompanhando esse movimento promissor, as grandes varejistas já lançaram suas próprias versões do serviço e hoje possuem grandes representantes surfando na onda digital, como é o caso da Riachuelo, Casas Bahia, PontoFrio, Americanas e Submarino.
Um passo à frente dessa transformação estão os países que já consolidaram sistemas que dispensam a existência de conta bancária.
Pagamentos por aproximação via Wearables, com pulseiras, relógios e celulares ou Peer-to-peer, realizado entre duas pessoas via QR Codes, já dominam os grandes mercados. Aliás, o último modelo representa 70% das transações na China, berço das maiores plataformas de pagamento móveis do mundo, como é o caso da Alipay, do Alibaba Group e da WeChat Pay, que agrega diversos serviços digitais em um único aplicativo.
E por falar em plataformas digitais, talvez o maior divisor de águas dessa revolução financeira aconteça no próximo ano. O Facebook lançará em 2020, a Libra, sua moeda própria com atuação global.
Como todo dinheiro que precisa de valor e estabilidade para rodar sem oscilações bruscas, a estratégia de Mark Zuckerberg foi criar uma fundação sem fins lucrativos, responsável por cuidar do seu lastro. Além do Facebook, entre os membros-fundadores estão gigantes como a Visa, Mastercard, PayPal, Uber, Spotify e eBay, que injetaram, no mínimo, U$10 milhões para compor o lastro da moeda. O objetivo é arrecadar U$1 bilhão até 2020.
Uma economia universal que eliminará tarifas bancárias e intermediários. A era do dinheiro digital chegou.