A MP ainda será analisada e o valor a ser doado é de quase R$800 mil
O governo brasileiro autorizou através de medida provisória a doação de R$ 792 mil para o Estado da Palestina que irá usar a verba para reformas de restauração da Basílica da Natividade, na cidade de Belém. A igreja é considerada pelos religiosos, como o local de nascimento de Jesus Cristo. A construção da Basília teve início no ano de 339 e desde 2013 passa por uma grande reforma, que agora contará com investimento também, brasileiro. Quem assinou a medida na última semana de janeiro foi o então presidente em exercício, Rodrigo Maia, na ausência de Michel Temer.
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A ação será intermediada pelo Ministério das Relações Exteriores e foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 26. Outros países europeus também têm efetuado doações, mas é de se estranhar que o Brasil, sem condições, faça parte do grupo de ajuda ao Estado da Palestina. Ao todo o projeto de restauração custará US$ 20 milhões e é organizado pelo governo da Palestina com as igrejas que administram a basílica e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
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Desde 2012 a basílica se tornou patrimônio mundial da Unesco e por isso a Organização garante ajudas para restaurá-la. A Basílica da Natividade é uma das igrejas mais antigas da Igreja Cristã, construída no século IV e atualmente o templo é administrado pela Igreja Ortodoxa Grega, pela Igreja Apostólica Armênia e pelo Patriarcado latino de Jerusalém.
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A CDL questiona a medida provisória que beneficiaria um local fora do nosso país, por mais importante que seja a Basílica. Se outros países já se prontificaram a ajudar, a pedido da Unesco, espera-se que sejam nações com boas condições de saúde, segurança e qualidade de vida. Diferentes do Brasil, que além de não estar em dia com estas obrigações, ainda atravessa uma crise.
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Não estamos em condições de doar nada. O país está quebrado e o povo mais pobre. As favelas e a violência proliferam. O governo precisa de doações de todo o mundo.
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A medida ainda será analisada pelo Congresso Nacional em um prazo de 120 dias a contar da sua publicação. Se aprovada, precisará da sanção do presidente para se tornar uma lei.
