Pesquisa aponta intenção de gastos de R$ 713 por cliente, 10% a mais que no ano passado
A Black Friday deste ano deve impulsionar os gastos do consumidor, que planeja desembolsar em média R$ 713 para compras de produtos em promoção, principalmente eletro-eletrônicos. A expectativa gira em torno de 10% a mais que o mesmo período de 2016. É o que mostra uma pesquisa nacional realizada pela consultoria GFK, em parceria com a Vivo ADS. A data é comemorada no próximo dia 24.
Alguns segmentos específicos, como magazines, têm expectativa ainda mais otimista e esperam vender 20% a mais que a Black Friday do ano passado. A grande intenção de compras, declarada pelos consumidores entrevistados pelos pesquisadores, é racional e planejada e será definida pelo preço dos produtos. Cerca de 60% dos entrevistados afirmaram que vão comprar o que já precisam, desde que paguem menos, e 20% informaram que vão aproveitar para antecipar as compras do período natalino.
E é justamente a antecipação das compras que animam, mas também causam preocupação aos lojistas. Segundo o levantamento, produtos como eletrônicos, eletrodomésticos, celulares e itens de informática vendidos na Black Friday já superam, em quantidade, os vendidos no Natal. Isso causa uma concorrência interna, já que as duas datas são muito próximas.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia entende que datas comerciais impulsionam o comércio e fazem o lojista vender mais, girando a economia e desenvolvendo o setor. Além disso, vários outros setores indiretamente ligados ao comércio também lucram com o entusiasmo do consumidor na Black Friday, como por exemplo as áreas de telefonia, com planos e pacotes de ligações e internet – já que os aparelhos celulares são muito procurados neste período –, e também as áreas de alimentação e
Inicialmente focada no segmento eletrônico, a Black Friday este ano deve render R$ 2,506 bilhões aos lojistas, de acordo com a associação que representa o setor. É um número bastante motivador e que enche os olhos dos empresários. Uma injeção de ânimo para um Brasil pós-crise e que teve a primeira “Sexta-feira Negra” em 2010, quando 50 sites de vendas fizeram grandes queimas de estoque e ofereceram descontos atrativos.
É claro que não adianta o lojista oferecer produtos pela “metade do dobro”, uma alusão a descontos irreais em mercadorias. É preciso ofertar melhores condições para o cliente, se comparado ao dia-a-dia da loja.
É claro que a Black Friday, celebrada em 24 de novembro, é próxima ao Natal. Mas vale o lojista fazer promoções interessantes e cativar o consumidor, para vender bem nas duas datas. Com um cliente interessado em comprar, tanto na Black Friday quanto no período natalino, a venda certamente vai acontecer. E é preciso estimular esse consumo de forma inteligente e que realmente atenda às necessidades do comprador.