Índices de importações e exportações estão maiores em praticamente todas as regiões globais
As projeções do crescimento das exportações e importações globais chegaram a 3,6% em volume este ano, segundo as projeções da Organização Mundial do Comércio (OMC). A expansão é maior do que a que tinha sido prevista para 2017 e é alavancada, de acordo com o estudo, pela Ásia e pela América do Norte, regiões com retomada nas importações, após índices insatisfatórios em 2016. Um dos fatores principais é o preço do petróleo, 20% maior desde janeiro, que foi o que encorajou os investimentos nos Estados Unidos.
Mas o cenário otimista pode não se manter totalmente estável no próximo ano. Isso porque, segundo informações da OMC publicadas hoje (22/set) no Valor Econômico, “a alta prevista das taxas de juros nos países desenvolvidos pode provocar mudanças de preços e também da taxa de câmbio, influenciando fortemente a estrutura das trocas globais”.
No mês passado, o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, disse à Exame que o organismo internacional via com “bons olhos” o fato de o Brasil estar passando por reformas na economia. Na oportunidade, ele afirmou que “o crescimento econômico viceja de forma mais vigorosa quando você tem estabilidade, previsibilidade, que são elementos muito importantes no cálculo dos investimentos”.
Conforme divulgado no portal da Organização das Nações Unidas (ONU), Azevêdo afirmou que o comércio global enfrenta um período de testes. “O crescimento do comércio tem caído paulatinamente, embora estejamos vendo alguns sinais positivos. Num período de rápida mudança econômica, provocada pela tecnologia, temos o desafio de garantir que o comércio continue a ser uma força positiva na criação de postos de trabalho, no crescimento e no desenvolvimento em todo o mundo”.
No primeiro semestre de 2017, o índice de importações e exportações aumentou em todas as regiões do mundo, com exceção da América do Sul – com queda de 0,7% nas exportações e alta de 1% nas importações.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia entende que o momento é de retomada na economia brasileira e mundial. A confiança do consumidor tem reaparecido, diante de um pós-crise e até então momento de contenção de gastos.
O consumo já demonstrou ter voltado ao hábito cotidiano, em países desenvolvidos e também nas potências emergentes. O volume gradativo de importações e exportações é um bom sinal de que a economia global tem sido retomada. E é importante que os índices continuem em constante crescimento.