Recursos são fruto de renegociação da folha de pagamento e também de economia dos parlamentares

Em meio a um período de crise fiscal e também moral que atravessa o Brasil, a Câmara dos Deputados em Brasília dá um bom exemplo. O Legislativo vai devolver cerca de R$ 300 milhões aos cofres públicos no mês que vem. O montante é fruto de uma renegociação da folha de pagamento dos servidores da casa e também de economia dos parlamentares. O dinheiro volta para o Tesouro Nacional até o fim de setembro.

De acordo com um levantamento feito pelo 1º secretário da Câmara, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), R$ 100 milhões são resultado de economia dos parlamentares, com conta de água e energia, redução dos gastos com viagens de avião, desconto em contratos de aluguel de carros usados por parlamentares e demissão de aproximadamente 200 funcionários terceirizados.

Os outros R$ 200 milhões são fruto de uma renegociação de folha de pagamento com os servidores efetivos da Câmara. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o 1º secretário já informaram o Ministério da Fazenda sobre a devolução.

Embora não fossem obrigados a devolver qualquer quantia, já que a legislação prevê e ainda autoriza o gasto total das verbas disponibilizadas ao legislativo, os deputados dão um bom exemplo. Vale ressaltar que em 2018 o Brasil deverá ter déficit nas contas públicas de até R$ 159 bilhões.

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia é a favor das boas práticas e de uma gestão pública eficiente. Esse “retorno” de R$ 300 milhões aos cofres públicos é algo que impressiona de forma muito positiva, em uma realidade atual de corrupções e laços políticos estremecidos.

As verbas disponibilizadas para o poder legislativo e judiciário são altas e em alguns casos não condizem com a realidade. São verbas de gabinete e “n” auxílios que inflam o orçamento público. Se todos economizassem, os valores poderiam ser investidos em outras áreas. A CDL Uberlândia defende a economia de recursos e a administração competente.