Redução de custos atinge diretamente a vigilância das fronteiras pelo Exército, a fiscalização da Marinha e até a Aeronáutica
O país passa por um período de transição e de constantes cortes de gastos em diferentes áreas. A queda na arrecadação é a principal justificativa para a redução de custos e os constantes embates políticos acabam prejudicando a economia e aumentando as incertezas. E se o governo gasta menos, é evidente que a qualidade dos serviços de diversos setores também vai cair. O que causa consequências graves e macroscópicas para o país. A segurança pública é uma dessas áreas afetadas. Com um corte de 44,5% no orçamento desde 2012, passando de R$ 17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões, Exército, Marinha e Aeronáutica já sentem os resultados.
De acordo com o que foi divulgado pela Veja nesta segunda-feira (14), o alto escalão das três Forças avaliam risco iminente de “colapso”. Diversas medidas emergenciais foram tomadas, como contingenciamento de efetivo em 40%. E outras poderão ser colocadas em prática, como redução de expediente e antecipação de baixa dos recrutas.
O impacto é tão grande que a fiscalização do uso de explosivos no país já diminuiu de forma radical, abrindo portas para o crime organizado e o bombardeio aos caixas eletrônicos. A vigilância nas fronteiras também foi afetada, assim como a fiscalização feita pela Marinha nos rios da região amazônica e na costa brasileira. E ainda, houve redução de 78 mil horas de voo da Força Aérea Brasileira (FAB).
Pelo cenário atual, é nítido que o Brasil enfrenta sérios problemas financeiros, em consequência de uma má gestão e embates político-partidários. As circunstâncias contemporâneas afetam de forma retilínea: a população, a economia nacional e a classe empresarial, que produz e gera empregos e ainda mantém o país em um ciclo de desenvolvimento.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia tem acompanhado de perto todas as questões políticas e econômicas, e crê em sucessivas melhorias para o Brasil.
A situação atual exige medidas enérgicas e com amplo resultado não só no curto, mas no médio e longo prazo. Não adianta reduzir gastos agora, se isso não trouxer benefícios mais para frente aos caixas da União. Toda economia tem um ônus. Atravessamos uma crise fiscal. Mesmo assim a condição das Forças Armadas é preocupante. E a segurança pública nacional pode ser seriamente prejudicada com esses cortes de gastos.