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Os desafios da neoindustrialização brasileira

No lugar de projetos consolidados para estimular a competitividade industrial, o avanço tecnológico e a educação profissional, o Executivo corre atrás de subsídios para automóveis, indústria naval e outros setores eleitos.

17 de novembro de 2023

Uma das pautas levantadas pelo governo Lula desde a campanha eleitoral, é a criação de uma política industrial para o país. Lamentavelmente, o tema que é de extrema relevância para a nossa economia, foi reduzido é uma série de ações já testadas e fracassadas pelo atual presidente e seu partido, em gestões anteriores.

No lugar de projetos consolidados para estimular a competitividade industrial, o avanço tecnológico e a educação profissional, o Executivo corre atrás de subsídios para automóveis, indústria naval e outros setores eleitos.

O tom simplista do presidente e sua convicção de que iniciativas intervencionistas e protecionistas serão capazes de revolucionar a indústria brasileira é alarmante, sobretudo porque seu discurso descarta todo o Custo Brasil envolvido nesse processo.

Falar sobre “neoindustrialização” e vender essa ideia em curto prazo é, no mínimo, ingênuo. Estamos falando de um processo longo e complexo que, assim como os demais mercados que caminham com larga vantagem a nossa frente, exige preparação, educação de qualidade, cadeia logística e um ambiente tributário favorável.

No lugar de tarifas protetoras, a China, Coreia do Sul, Cingapura, Malásia, Polônia e Taiwan fizeram acordos comerciais, se abriram para concorrência, inovaram e absorveram tecnologia do comércio internacional. O governo precisa sair imediatamente dessa bolha ou continuaremos revivendo esse ciclo ultrapassado. Admirável mundo velho.

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