O Supremo Tribunal Federal se reuniu essa semana para a aprovação de um reajuste de 18% na remuneração de servidores e magistrados do Judiciário, incluindo seus próprios salários, que hoje representam o teto do funcionalismo público.
Em sessão secreta e por unanimidade, a proposta que será enviada ao Congresso, pretende aumentar os supersalários de R$ 39,6 mil para R$ 46,3 mil.
Na mesma ocasião, a Corte validou o plano de Orçamento da Corte para 2023 no valor de 851,7 milhões de reais, 10,8% a mais que o orçamento deste ano.
Enquanto nós, trabalhadores, sobrevivemos a uma das piores crises da história, com uma inflação recorde, taxa de desemprego elevada, estagnação da economia e até insegurança alimentar, essa elite age como se vivesse em uma realidade paralela, onde seus direitos e garantias individuais fossem mais importantes que o restante do país.
Não podemos mais aceitar os absurdos cometidos pelo Judiciário. É indigesto presenciar mais um escândalo advindo da Justiça brasileira, que deveria servir de exemplo, mas é motivo de vergonha nacional.
Oneroso, arbitrário, imparcial e cheio de ativismo judicial, esse Poder precisa urgentemente ser fiscalizado e responsabilizado por seus atos. Não basta ser legal, é preciso ser moral.