Os últimos acontecimentos em Uberlândia revelam a necessidade de união dos representantes políticos nas esferas municipal, estadual e federal, bem como das entidades de classe, para que possamos pelo menos vislumbrar alguma mudança. Fechamento de empresas, recuperação judicial, mudança de estado devido a falta de incentivos fiscais às empresas demonstram que ações imediatas devem ser adotadas.
Vivemos em um momento delicado. Os lucros estão menores, a atividade comercial e industrial prejudicadas são um dos reflexos da falta de atitude, de ordem e do progresso pregados pelo presidente em exercício Michel Temer e dos demais representantes políticos e da sociedade. É necessário sair da teoria e ir à prática, agir, modificar a atual conjuntura econômica e política.
Junho até o momento está marcado por notícias nada animadoras para a economia de Uberlândia. Há algumas semanas o União Atacado fechou as portas e demitiu mais de 100 funcionários. O atacadista iniciou as atividades há 50 anos e desde 2013 está em processo de recuperação judicial para evitar que fosse decretada a falência. No início de junho a empresa de processamento de alimentos BRF anunciou a transferência das operações de fabricação de margarina de Uberlândia. Com o fim do incentivo fiscal que era oferecido pelo Governo de Minas Gerais, a atividade vai migrar para o Paraná. No total, 44 vagas de trabalho serão fechadas. Além dessas indústrias, há várias outras passando por momentos delicados. É preciso que não deixemos o fundo do poço visível, pois pode não ter mais volta.
A nossa representatividade deve ser o diferencial para que possamos externar aos órgãos competentes a necessidade de mudanças. Baseando nos últimos acontecimentos, podemos perder mais um representante na região a frente do governo mineiro. A proposta de reforma administrativa do governo de Fernando Pimentel (PT) deve fundir as Secretarias de Ciência e Tecnologia com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede). Com isso, o secretário Altamir Rôso, que é de Uberaba e representa o Triângulo no Governo fica sem função e os técnicos da secretaria anexada passarão a trabalhar sob a coordenação do secretário Rogério Corrêa (PT) que hoje comanda a Secretaria de Ciência e Tecnologia. Dessa forma, o único representante do Triângulo no Governo de Fernando Pimentel passaria a ser o professor Neivaldo Lima (PT), vereador em Uberlândia, que é o secretário de Desenvolvimento Agrário.
A CDL Uberlândia e outros empresários da cidade e de outras regiões pediram ao governador a manutenção da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para facilitar a o canal de comunicação do empresariado investidor com o governo.
Empregos, famílias e histórias estão ameaçados! Todos os governos precisam se conscientizar a respeito da necessidade urgente de atitude em um momento que não dá mais para esperar!
