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Assembleia Legislativa de Minas aprova aumento salarial para 70% do funcionalismo público do Estado.

Mesmo diante de um cenário severo de recuperação, servidores públicos foram beneficiados com aumentos salariais que chegam até 41,7%.

21 de fevereiro de 2020

Minas Gerais enfrenta uma das piores crises fiscais do país. A situação é tão dramática que as dívidas atuais, a maioria herdada da gestão anterior, sinalizam um rombo de R$13,29 bilhões aos cofres públicos do Estado, além de um débito com a União de aproximadamente R$100 milhões.

Mesmo diante de um cenário severo de recuperação, cortes de despesas e alerta econômico, no último dia 19, servidores públicos foram beneficiados pela Assembleia Legislativa do Estado com aumentos salariais que chegam até 41,7%.

A princípio, a proposta do Governador de Minas, Romeu Zema, previa a recomposição salarial de 41,7% aos trabalhadores da Segurança Pública até 2022. No entanto, durante a mesma sessão, deputados aprovaram uma emenda que estendeu a correção para as demais categorias do funcionalismo, com um percentual de aumento de 28,82%. Entre os servidores públicos contemplados pelo aumento estão os próprios empregados da Assembleia e de outros Poderes e órgãos como: o Tribunal de Justiça, o Ministério Público de Minas Gerais, a Defensoria Pública do Estado e o Tribunal de Contas do Estado.

Tamanha irresponsabilidade custará mais de R$20 bilhões em três anos aos cofres mineiros e certamente prejudicará a adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) da União.

Esperamos que esse absurdo seja vetado pelo Governo de Minas. Um estado quebrado não deve aumentar salários para nenhuma categoria, mas agilizar a aprovação de projetos de lei que privatizem as estatais mineiras e que permitam a venda dos imóveis do Estado.

A herança de dilapidação do patrimônio público deixada pelo governo anterior foi avassaladora. Enquanto não houver uma diminuição significativa do Estado será impossível corrigir os desequilíbrios nas contas públicas.

A sociedade está cansada de assistir esse sistema de desigualdade e injustiça salarial. Clamamos por uma reforma administrativa profunda e por medidas que recomponham as finanças de Minas.

As empresas e a economia do estado não podem mais carregar o fardo dos aumentos de impostos dos últimos anos e pagar os custos destes desmandos.

O ambiente de negócios mineiro se deteriorou e transformou o Estado em um dos menos competitivos e atrativos do Brasil.

Chega!

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