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O Brasil precisa buscar “respostas para o futuro” de acordo com o presidente executivo e superintendente para a América Latina da Pirelli, Paolo Dal Pino - CDL Uberlândia

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O Brasil precisa buscar “respostas para o futuro” de acordo com o presidente executivo e superintendente para a América Latina da Pirelli, Paolo Dal Pino

29 de dezembro de 2015

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Para ele, a crise política é grave, mas faz parte do “percurso de qualquer democracia”. Destaca que é fundamental evitar que a crise alimente um mecanismo de “não decisões”, impedindo a adoção das medidas necessárias à recuperação da economia.

A Pirelli está há 85 anos no mercado brasileiro e, segundo o presidente executivo e superintendente para a América Latina da Pirelli, Paolo Dal Pino, na longa trajetória, conviveu com várias crises no país, mas nunca demitiu como em 2015. Foram afastados quase mil empregados tanto na produção como na área administrativa. Mas, mesmo no cenário adverso, diz que há “potencial infinito” no Brasil, o único país onde a empresa opera com quatro fábricas.

“O problema é quando se está num mercado em recessão. Com pouca esperança para o futuro, o consumidor fica com medo, atrasa a compra de bens, não compra carro. Reestruturamos nossa base de custos. Foi um ano de readequação das novas condições de mercado”, diz Dal Pino. O executivo avalia que tanto a Lava-Jato como os impasses no Congresso Nacional e até mesmo um processo de impeachment não podem “paralisar” o Brasil. “O país está numa situação extraordinária. Podemos falar assim pois, olhando a série histórica, não nos deparamos com números tão difíceis. Os brasileiros querem sair dessa situação o mais rápido possível”, diz.

“Faltou o sendo de urgência para que se pudesse reverter a atual crise econômica com medidas extraordinárias, tempestivas e eficazes. Esperamos que este momento, com a dramática situação das contas públicas , convença o novo ministro da Fazenda e o governo que é urgente fazer a reforma da previdência e das despesas públicas, com grandes cortes dos gastos improdutivos”, afirma o executivo.

Dal Pino defende um ajuste fiscal “muito duro”. “É uma condição para recuperar credibilidade e confiança dos investidores, criando um clima mais propício para os investimentos. O ministro (Nelson) Barbosa precisará também buscar soluções para aumentar a competitividade das empresas brasileiras”, diz.

Ele cita a necessidade de repensar os índices de reajustes salariais como exemplo de medida impopular, mas que considera necessária neste momento de situação “extraordinária”. “Os reajustes dos salários automáticos acima da meta da inflação significarão um aumento do desemprego”, afirma como ideal nem haver reajuste. “Se tiver, que seja transferido para frente ou mesmo que seja dentro da meta de inflação [de 4,5% com tolerância até 6,5%] e não superior”, acrescenta.

Para Dal Pino o peso do chamado “custo Brasil” tende a crescer diante dos aumentos na energia elétrica, da expectativa de reajuste salarial, além dos outros custos estruturais. E destaca: “As alíquotas de impostação sobre os insumos reduzem nossa possibilidade de competir no exterior, mesmo com a desvalorização do real. Se compararmos com os asiáticos, nunca conseguiremos ser competitivos com nossa base de custos. Pagamos 12% de alíquota de importação em cima da borracha. Temos matéria prima muito mais cara que eles. A competitividade de um país no setor produtivo é muito graças às condições que o Estado cria para as empresas competirem”, diz.

O executivo italiano, que escolheu o Brasil para viver, diz que a Lava-Jato lembra muito a operação “Mani Pulite”, ocorrida na Itália, mas destaca que “tanto aqui como lá, as instituições democráticas funcionam, são fortes e independentes”, afirma. “Quando a situação está assim, tem de se tomar o medicamento certo. Se demora, tem de tomar antibiótico, e se demora mais, piora, tem de ir para o hospital e aí vai. Fala-se em ajuste [fiscal], cortes de despesas, criação de impostos. A volta da CPMF é ruim, mas se for a solução, que volte. O ponto é que se tiver falta de união nesses aspectos, vai ter mais demissões e uma situação de conflito crescente que cria danos para todos”, afirmou.

Dentro do severo processo de redução de custos da Pirelli no Brasil, houve mudanças no turno das fábricas, em vários momentos se adotou o “lay off” (suspensão temporária do contrato de trabalho), mas mesmo assim foram demitidos cerca de mil pessoas, ao longo dos últimos seis meses. A empresa opera com 11 mil empregados.

A partir de abril, quase 1500 empregados nas quatro fábricas ficaram em regime de “lay off” durante quatro meses. E no fim do ano a opção foi adotar um regime de 15 dias de férias coletivas nas fábricas de Santo André (SP), Gravataí (RS) e Feira de Santana (BA). A única unidade que não precisou de férias coletivas foi a de Campinas (SP), devido à rotina de funcionamento da fábrica e do mix de produção.

A Pirelli não divulga os resultados no Brasil. No mundo deve fechar 2015 com faturamento de € 6,25 milhões, 4% maior que em 2014. A matriz manteve para este ano e o próximo os investimentos previstos no Brasil, de R$ 1 bilhão, definidos para o período entre 2013 e 2016. Os recursos serão alocados, embora em menor velocidade da inicialmente prevista: “Não tenho mercado que justifique acelerar a produção premium.”

Dados do balanço setorial de janeiro a outubro da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) mostram que o volume de vendas de pneus para montadoras caiu 22,8% em relação ao mesmo período de 2014. O destaque negativo foi o segmento de pneus de carga, que desabou 48,3% em vendas no período. Caiu de 1,7 milhão de unidade vendidas nos nove primeiros meses do ano passado para 874 mil no mesmo período deste ano. No segmento de pneus de passeio a redução foi de 20,8%, caindo de 9 milhões de pneus vendidos em 2014 para 7,1 milhões este ano.

Segundo Dal Pino, a participação das vendas para veículos usados cresceu este ano. “No ambiente da incerteza, as pessoas evitam trocar de veículo”. No faturamento da Pirelli no Brasil, 30% são para montadoras e 70% para veículos usados.

A Pirelli tem 50% de participação no mercado nos veículos novos de passeio e 20% nos usados. Já nos veículos pesados, a proporção é de 35% e 20% respectivamente. Nas motos é 80% e 25%.

Fonte: Jornal Valor Econômico

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