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Reestruturação econômica passa pelo setor de comércio e serviços - CDL Uberlândia

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Reestruturação econômica passa pelo setor de comércio e serviços

18 de dezembro de 2015

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O setor de comércio e serviços no Brasil corresponde hoje a 70% do PIB e esse percentual segue aumentando na proporção dos demais. O problema é que a produtividade está muito baixa para os padrões domésticos e internacionais. Segundo dados de competitividade medidos pelas consultorias Inklaar e Timmer entre os 42 países desenvolvidos e emergentes, nosso País só esta à frente do Chile.

A proporção sobre o PIB também é preocupante. Na década de 1980, a indústria tinha 35% do total e o fato de ela estar definhando no Brasil tem provocado distorções na nossa capacidade de exportações e no volume de importações. Isso, com certeza, já está afetando o desempenho do comércio, afinal, nenhum País do mundo consegue produzir renda para o consumo vivendo somente do mercado interno.

A volta do crescimento econômico em nosso País passa pelo setor de comércio e serviços. Será preciso introduzir reformas ambiciosas que aumentem a competitividade e a produtividade do setor, quebrar cartórios, monopólios e flexibilizar os mercados. Será necessário criar políticas de acesso a tecnologias modernas, formar capital humano, melhorar o conhecimento e o crédito e fomentar políticas de atração de parcerias e de capital estrangeiro para o setor.

O índice de atividade dos gerentes de compras (Purchasing Managers Index PMI) do setor de serviços no Brasil subiu para 45,5 pontos em novembro contra 43 pontos em outubro, na série com ajuste sazonal. Segundo a consultoria internacional Markit, trata-se do nível mais alto em oito meses. Apesar da boa notícia anterior, o indicador calculado pela Markit segue uma escala de 0 a 100 pontos, sendo que graduações iguais ou maiores que 50 pontos são lidas como expansões do setor abaixo desse valor, são consideradas quedas.

Esse panorama negativo comprova o encolhimento do varejo e atinge todo o Brasil sem exceção. O cenário um pouco mais otimista para o setor em 2016 depende diretamente da solução da crise política brasileira.

O Governo da presidente Dilma Rousseff tem deixado a desejar na esfera política, na gestão, nos investimentos, na diplomacia externa e no combate à corrupção. Nosso País sofreu uma crise econômica que acabou se transformando em crise política, que se não for resolvida a tempo, vai provocar uma depressão econômica sem precedentes, que consiste num longo período caracterizado por numerosas falências de empresas, crescimento anormal do desemprego, escassez de crédito, baixos níveis de produção e investimento, redução das transações comerciais e alta volatilidade do câmbio, com hiperinflação, agravada pela crise de confiança e credibilidade.

A solução do impeachment, se feita com a máxima celeridade, proporcionaria uma mudança capaz de criar um pacto social de governabilidade, independentemente de quem assumir, e resolveria a equação que não fecha, de que a população brasileira deve pagar a conta dos prejuízos causados, mantendo os mesmos gestores.

Se isso ocorrer, a sociedade produtiva mobilizada poderia exigir do Supremo Tribunal Federal a criação de uma força-tarefa para julgar todos os processos de corrupção com a máxima rapidez, principalmente os que envolvem políticos, para mostrar que a impunidade não é mais aceita no Brasil.

O próximo nó a ser desatado seria o equacionamento do gasto público no Brasil, cujo componente federal cresceu nada menos que 11% do PIB entre 1991 e 2014, dos quais um terço, ao longo do primeiro mandato da presidente Dilma. Dentro dessa questão, estão os gastos com aposentadorias (principalmente a pública) e pensões, que para serem saneados precisam da introdução da idade mínima e da desvinculação do gasto previdenciário do salário-mínimo. Dentro dessa perspectiva, o varejo poderia inverter a queda de vendas de 8% em 2015 e voltar a receber investimentos e aumento de clientes.

Analisando como manter o desempenho futuro positivo em 2016, do comércio e serviços na cidade de Uberlândia, podemos ressaltar alguns pontos que, se inseridos, podem fazer a diferença: investimentos em infraestrutura viária, combate regular a invasões de áreas urbanas para atrair investimentos, desenvolvimento de um projeto de planejamento urbano de longo prazo, criação de um projeto de atração de empresas não poluentes e com níveis elevados de salários e tecnologia, utilização do potencial de universidades locais e implantação do plano de revitalização do centro desenvolvido pela CDL, por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada).

Todas essas ações teriam um impacto extremamente importante na economia de nossa cidade se iniciadas no próximo ano. A qualidade de vida que queremos só depende de nossa vontade e de nossa união. Se isso acontecer, nós é que desenharemos o cenário e as perspectivas para 2016.

 

*Cicero Heraldo Novaes é presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uberlândia (CDL)

 

*Acompanhe os outros artigos que abordam as perspectivas para 2016 acessando o link:

http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/confira-a-opiniao-de-especialistas-sobre-as-perspectivas-para-2016/

 

Fonte: Jornal Correio

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