O mercado de adquirência está em pleno campo de batalha. A “guerra das maquininhas” iniciou um novo e interessante capítulo na história da economia brasileira.
Para conter o crescimento das Fintechs de pagamentos, bancos e financeiras tradicionais lançaram uma série de ações para atrair clientes, em especial, as micro, pequenas e médias empresas.
A manobra que iniciou essa disputa partiu da adquirente Rede, do Itaú Unibanco, ao zerar as taxas de antecipação de recebíveis para lojistas com conta no Itaú, além de realizar o pagamento em até em 2 dias úteis. Com o anúncio da novidade, as ações das concorrentes despencaram e exigiram contra-ataques imediatos.
O Safra Pay, do Banco Safra, zerou as taxas para transações de até R$ 50 mil no cartão de crédito por mês e isentou o valor da maquininha.
Já a GetNet, do banco Santander, uniformizou a taxa em 2% nas transações de débito e crédito à vista. Além disso, o prazo de pagamento para microempreendedores individuais e pessoas físicas é de apenas dois dias.
A fintech Trust, da gestora brasileira SEM, pretende dobrar a oferta de crédito aos comerciantes de pequeno e médio porte. A proposta é ofertar o equivalente ao dobro dos recebíveis detidos por eles nas vendas pagas com cartões de crédito e de débito.
Para aquecer a disputa, a PagSeguro, empresa do grupo UOL, está operando com um sistema de recebimento imediato das vendas feitas pela maquininha no crédito e no débito, independentemente do dia da semana, inclusive em feriados.
A Cielo, líder do setor, que sofreu uma queda de 40,4% comparado ao mesmo período de 2018, divulgou uma série de benefícios que vão desde o recebimento instantâneo das vendas até a devolução dos valores pagos na aquisição de maquininhas.
Com a redução nos prazos de pagamentos e a antecipação de valores, o Brasil se iguala ao cenário mundial, no qual o emolumento é realizado em até dois dias e não após um mês, como acontece no país hoje.
Lojistas e consumidores devem avaliar a melhor opção e aproveitarem todas as vantagens dessa guerra, onde quem ganha é o varejo.