As novas tecnologias serão capazes de substituir as competências humanas?
Segundo pesquisa realizada pelo LinkedIn em parceria com a WGSN, autoridade mundial em analises e previsão de tendências, a resposta é NÃO.
O estudo “O futuro do trabalho” realizou um cruzamento entre análises de comportamentos e tendências com dados de mercado para traçar as habilidades humanas e tecnológicas que serão necessárias para o futuro mercado profissional.
Desmistificando a extinção dos postos de trabalho em função do processo automatização, o levantamento revelou um cenário otimista, no qual mais empregos surgirão devido às novas tecnologias.
De acordo com um levantamento da Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento imparcial em tecnologia, a inteligência artificial eliminará em 2020, 1,8 milhões de empregos, mas criará 2,3 milhões.
O saldo positivo revela novas oportunidades profissionais que ainda não dominamos ou desconhecemos. Dados do Fórum Econômico Mundial revelam que 65% das crianças que frequentam o Ensino Fundamental terão empregos que ainda nem existem.
Nesse futuro promissor, as competências humanas insubstituíveis serão ainda mais valorizadas. As principais apontadas pela pesquisa são: criatividade, colaboração, comunidade, capacidade de concentração, inteligência emocional, empatia, transparência, compartilhamento e experimentação.
O estudo traçou ainda características importantes sobre o comportamento do consumidor do futuro, uma nova racionalidade que precisa ser acompanhada de perto por profissionais e empresas. Confira:
Era da Transmissão
A linguagem escrita dará lugar às imagens e emojis durante o processo de comunicação. São mensagens cada vez mais curtas, substituídas por símbolos, imagens e memes. Por outro lado, nunca foi tão simples, se expressar sem barreiras locais para públicos distintos. É a ascensão da linguagem visual.
Ativismo Analógico
A Geração Z lidera a “Era do Ativismo”. Pessoas e empresas estão mais engajadas em causas sociais e ambientais. Sua atuação, embora organizada e disseminada pelas redes sociais, também terá forte participação física. Isso significa que mais cidadãos estarão nos locais onde esses conflitos acontecem para se expressarem e compartilharem ideias via smartphone.
Distração Zero
Em consequência da hiperconexão, as gerações X e Y acabam absorvendo características das máquinas.
Estamos tão pressionados e ocupados, trabalhando para extrair o máximo em produtividade, que deixamos de processar emoções. Os sentimentos de distração, desgaste e ansiedade se tornam comum nessa nova realidade.
Nesse sentido, as “Soft skills”, competências subjetivas relacionadas à inteligência emocional, personalidade e comportamento do profissional, serão mais valorizadas do que nunca no mercado de trabalho.
Funções como analista de ética de automação, engenheiros de aprendizagem de máquinas, cientistas de dados e desenvolvedores de chatbots interativos terão grande espaço.
Capitalismo Comunitário
A economia compartilhada está em plena expansão. Com uma estimativa de crescimento global de US$ 335 bilhões até 2025, esse novo sistema econômico, baseado na troca, na reutilização e no compartilhamento de recursos humanos, físicos e intelectuais, está transformando totalmente a nossa forma de consumir. Empresas como Uber, Netflix e Airbnb comprovam essa nova realidade, que terá efeitos de longo prazo nas regulamentações governamentais, no planejamento cívico e no futuro do mercado de trabalho.
Novos Céticos
O consumidor está muito mais cético com relação às marcas. Essa desconfiança exige um posicionamento mais transparente das empresas no que diz respeito ao seu propósito, valores e na veracidade do que é ofertado.
Diante desse cenário, fica uma importante reflexão sobre como as empresas conseguirão se comunicar com esse público, mais engajado, exigente, desconfiado e que apenas dedica atenção ao que realmente é relevante. Elas terão que simplificar a forma de dialogar e vender produtos, serem diretas, honestas, úteis e humanas. Isso tem valor percebido!