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Pesquisa mundial mostra Brasil otimista, mas despreparado para a aposentadoria - CDL Uberlândia

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Pesquisa mundial mostra Brasil otimista, mas despreparado para a aposentadoria

29 de maio de 2015

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O Brasil, com nota 6,7, ficou em segundo lugar em termos de otimismo em uma pesquisa internacional para avaliar os hábitos de poupança e planejamento para a aposentadoria. Entretanto, os brasileiros demostraram estar despreparados para a aposentadoria.

A pesquisa foi feita em 15 países (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Índia, Japão, Polônia, Reino Unido, Turquia e Polônia) pelo grupo global Aegon. A média global de otimismo foi 5,9, considerada baixa pelo critério de avaliação. A liderança ficou com a Índia com 7.

Este foi o quarto ano da pesquisa e marca a segunda participação do Brasil. Foram entrevistadas 16 mil pessoas nos 15 países, sendo 14,4 mil trabalhadores ativos e 1,6 mil aposentados, dos quais mil no Brasil. O resultado da pesquisa foi divulgado hoje (27).

O Índice Aegon de Preparo para a Aposentadoria leva em conta aspectos como a responsabilidade pessoal para obter renda na aposentadoria, nível de consciência em relação a esse preparo, formação de poupança, entre outros. O índice varia de zero a dez. Até a nota seis, significa um preparo fraco para a aposentadoria; entre seis e oito, preparo médio; e de oito a dez, alto preparo.

O superintendente de Projetos Estratégicos da Mongeral Aegon no Brasil, Leandro Palmeira, informou que dos países que integram o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil e a Índia tiveram as notas mais elevadas, embora elas não reflitam ainda um preparo alto para aposentadoria.

De acordo com a sondagem, 52% dos brasileiros se mostraram otimistas e acreditam em mudanças positivas no cenário econômico do país nos próximos 12 meses, contra 35% que esperam piora. Em contrapartida, quando indagados sobre as perspectivas para as futuras gerações de aposentados, 41% dos entrevistados no Brasil disseram que a situação vai piorar.

O principal desafio no contexto do Brasil, na área do preparo para a aposentadoria, está no planejamento, indica a pesquisa. Dos consultados, 23% disseram ter um plano alternativo de aposentadoria, como um plano de previdência privada ou poupança regular; 47% disseram que sabem como fazer, mas não têm nada registrado; e 28% disseram não ter nenhum planejamento.

Outro fator preocupante, segundo Palmeira, é a falta de planejamento em relação a um plano B, caso a pessoa não consiga ter geração de renda até a idade de aposentadoria: 57% dos entrevistados brasileiros disseram que se forem obrigados a parar de trabalhar antes de se aposentarem, vão precisar resgatar dinheiro das economias. Outros 24%, em um caso desses, se apoiarão na renda do cônjuge.

A pesquisa revela que ainda é pequeno o percentual de pessoas que têm hábito de poupar no Brasil pensando no futuro. Os poupadores habituais, que têm depósitos em caderneta de poupança ou planos de previdência privada, são 38% do total, com média de 38 anos de idade. Está bem dividido a proporção entre homens (55%) e mulheres (45%) e tem renda média mensal de R$ 4,7 mil.

Outro grupo é o dos aspirantes (22%), que querem poupar, mas ainda não iniciaram esse processo por motivos variados. Eles têm em torno de 36 anos, são mais mulheres (61%) do que homens (39%) e têm renda mensal de R$ 2,2 mil. Palmeira recomendou que, quanto mais cedo as pessoas comecem a poupar, mais preparadas estarão para a aposentadoria.

Fonte –  Agência Brasil

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