A maior operação de combate à corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil não alcançou resultados minimamente satisfatórios na capital dos peixes grandes. Enquanto a Lava Jato de Curitiba instaurou 82 processos, 226 condenações e 48 prisões, Brasília não conseguiu colocar nenhum réu na cadeia.

De acordo com o balanço divulgado em outubro do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal, após quase 5 anos de Lava Jato brasiliense, somente 8 processos estão em andamento e apenas 1 deputado foi condenado, mas continua livre.

Os resultados inexpressivos das investigações do Distrito Federal sinalizam a falta de convergência entre os agentes da operação.

Diferente do que ocorre no Paraná, onde Ministério Público e a Polícia Federal agem em conjunto, não existe sintonia entre as instituições em Brasília. Procuradores acusam juízes de leniência e juízes reclamam de inconsistências nas investigações policiais. Fica evidente para nós que a troca de farpas tende a atrasar o trabalho e sustentar a impunidade.

O combate à corrupção ainda é de suma importância para o desenvolvimento econômico e social de nosso país e a padronização de ações e posturas tem que ser utilizada em todos os estados e pelo judiciário em todas as instâncias, seguindo os parâmetros definidos por Curitiba.

A CDL Uberlândia acredita que, com a atuação de importantes personagens da investigação em posições estratégicas do novo governo, tais falhas poderão ser corrigidas.

Que uma nova fase dessa iniciativa seja capaz de garantir maior transparência e, principalmente, devolver dignidade e esperança à nação.

CDL DIRETO é a coluna da CDL Uberlândia que aborda temas políticos e econômicos com viés opinativo.