Depois do descabido aumento de salário aprovado pelo Senado Federal para ministros do Supremo Tribunal, agora é a vez do Legislativo arrombar os cofres públicos. Assim como a casta dos excelentíssimos, os parlamentares também reivindicam o reajuste salarial de 33,7 mil para R$39,3mil.
Alguns deputados e senadores que parecem habitar uma ilha isolada da realidade brasileira, têm a convicção e a coragem de solicitar a correção sobre seus vencimentos para equiparar seus salários aos dos magistrados já no orçamento de 2019.
O atual vice-presidente da Câmara dos Deputados e candidato à presidência Casa, defendeu o aumento em tribuna na última quinta-feira (13). “Nós precisamos que todos os deputados sejam reajustados como estão sendo reajustados todos os outros poderes”. O argumento do político é que houve uma falha da mesa diretora da Câmara ao não prever o aumento no orçamento de 2018.
O reajuste salarial de 16% para o legislativo dispensa sanção do presidente da república. Basta que o absurdo da vez seja aprovado por um decreto legislativo pela Câmara e Senado por maioria simples.
Enquanto o número de desempregados no Brasil soma 12,4 milhões de pessoas, os parlamentares recebem salário de 33,7mil, verba de R$ 106.86 mil para contratação de até 25 secretários parlamentares, auxílio-moradia e uma cota para o exercício da atividade que varia de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil de acordo com o Estado de origem do parlamentar.
Somando salários e outras benesses, cada deputado custa cerca de R$ 179 mil por mês ou R$ 2,14 milhões por ano ao contribuinte. Levando em conta despesas com os 513 integrantes da Câmara, os gastos chegam a R$ 91,8 milhões mensais ou R$ 1,1 bilhão anual.
Cargo no poder do Brasil não é sinônimo de responsabilidade, mas de ambição e impunidade.
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