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PIX: O sistema de pagamentos que promete transformar o mercado financeiro no Brasil.

Finalmente o Brasil passará por uma transformação definitiva, que impactará a nossa relação com o dinheiro, com o consumo e com as vendas.

23 de julho de 2020

O novo sistema de pagamentos instantâneos, desenvolvido pelo Banco Central, já tem data de lançamento. A partir de novembro, o PIX acirrará a disputa do mercado financeiro e revolucionará a nossa forma de comprar, vender e transferir dinheiro.

A novidade permitirá a realização de transações financeiras a qualquer hora ou dia, com envio e compensação imediatos, independentemente da instituição ou do tipo de conta.

Como as instituições financeiras com mais de 500 mil contas serão obrigadas a aderirem à tecnologia, ela estará disponível para todas as pessoas que possuírem conta corrente, poupança ou carteira digital e ainda, empresas que se credenciarem ao Banco Central.

No próprio site ou aplicativo do banco do cliente, haverá a opção PIX, juntamente com as demais alternativas DOC e TED. Já no caso de pagamentos em estabelecimentos, o processo será realizado via QR Code ou por meio de links.

Mais ágil que o atual sistema, no qual as transferências exigem uma grande quantidade de informações (banco, agência, conta, CPF e nome do recebedor), o PIX exigirá dados simples do destinatário, como e-mail, número de celular e CPF/CNPJ.

O Banco Central ainda não divulgou detalhes, mas existirá a possibilidade de saques em lojas e redes varejistas. A plataforma também prevê o recolhimento de impostos federais, tributos por serviços e até o recebimento por criptomoedas.

Dentre todas as vantagens desse sistema, talvez, o maior diferencial esteja no baixíssimo valor das operações.  Enquanto uma TED custa a partir de R$10 para clientes que não possuem pacotes de transferências nos grandes bancos, a taxa operacional do PIX será de R$ 0,01 a cada dez transações, sem restrições de dias e horários, como ocorre nas instituições tradicionais.

O mercado de cartões e maquininhas também sentirá os impactos do novo modelo, que será mais acessível ao lojista por eliminar os custos com bandeiras (Visa, Mastercard), máquinas e emissores de cartões (bancos).

No fim do ano passado, a taxa média cobrada do empresário era de 1,62% (débito) e 2,62% (crédito). Já com o PIX, o pagamento será realizado via QR Code por alguns centavos.

O BC não vai extinguir a utilização dos meios tradicionais, mas esses possivelmente cairão em desuso, já que a chance de competir e lucrar nesse cenário será cada vez mais improvável.

O Brasil finalmente passará por uma transformação definitiva, que impactará a nossa relação com o dinheiro, com o consumo e com as vendas.

A agilidade e a simplificação do processo de pagamento digital, aliado à redução de custos, tanto para pessoas físicas, como empresas, é muito bem-vindo, principalmente diante de um cenário econômico nebuloso como o que vivemos.

O varejo terá um papel essencial nessa mudança como um disseminador do uso e das vantagens de trocar as cédulas, boletos, cheques e cartões por um formato que otimizará tempo e trará mais conveniência aos usuários.

 

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