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Opinião: Salários e penduricalhos da Petrobrás são uma afronta ao contribuinte brasileiro

Desde a sua fundação, em 1953, a Petrobrás segue resguardada com privilégios cobiçados por qualquer trabalhador. As benesses da petrolífera vão muito além dos valores pagos por empresas privadas do mesmo setor ou qualquer outra estatal brasileira.

4 de abril de 2022

Desde a sua fundação, em 1953, a Petrobrás segue resguardada com privilégios cobiçados por qualquer trabalhador. As benesses da petrolífera vão muito além dos valores pagos por empresas privadas do mesmo setor ou qualquer outra estatal brasileira.

A empresa de capital aberto, cujo acionista majoritário é o governo, paga de duas a três vezes mais do que a média de mercado e sua folha de pagamento absorve salários de até R$ 145.184, ultrapassando o teto do funcionalismo público, que é de R$ 39,2 mil.
Funções como engenheiro, geólogo e psicólogo, por exemplo, têm remunerações que podem chegar a R$40 mil, dependendo do tempo de serviço, enquanto a média salarial do ramo é de R$ 12 mil mensal.

O salário de um inspetor de segurança, responsável pela proteção das portarias na Petrobrás, gira em torno de R$ 8 mil mensais, enquanto a média é de R$2,5 mil. Já um técnico de operação, que atua nas refinarias, recebe cerca de R$ 20 mil, ao passo que valor pago no setor privado não passa de R$ 7 mil.

Além de salários generosos, os acordos coletivos conquistados pelos sindicalistas da categoria são descomunais. Ao passo que um trabalhador CLT recebe adicional de 50% por hora extra e 33,33% no período de férias, os funcionários da Petrobrás obtêm adicionais de 100%.

Eles também recebem auxílio-ensino, com reembolso de até 90% dos gastos de filhos e enteados até 18 anos; auxílio-universidade, com reembolso de 60% das despesas de filhos e enteados até 24 anos; auxílio-creche com reembolso parcial de despesas para filhos de 3 a 36 meses e reembolso integral até o sexto mês para funcionários solteiros, viúvos ou divorciados.
As regalias não param por aí. Os funcionários também recebem adicional de até 45% do salário por tempo de serviço e “ajuda de custo” para assistência alimentar de R$ 1.254 por mês, mais R$ 192 de vale-refeição.

A empresa também disponibiliza auxilio-farmácia, com reembolso de até 100% do custo dos medicamentos; auxílio-cuidador de um salário mínimo para funcionários com mais de 60 anos e capacidade funcional comprometida; auxílio-doença de até 36 meses com complementação do salário integral por até quatro anos de afastamento e custeio de 60% do plano de saúde, inclusive pensionistas, aposentados e seus dependentes

Para fechar o pacote dos sonhos de qualquer funcionário público, a estatal concede participação anual nos lucros e dispõe de um programa de bônus, baseado no desempenho individual e coletivo. Em uma realidade paralela, vive o contribuinte que paga por essa farra e por aumentos colossais no diesel e na gasolina.
Saídas existem, mas são sufocadas por anos de corporativismo, sindicalismo e muitos jogos de interesses.

A privatização seria uma alternativa viável para ampliar a concorrência e dar fim os prejuízos desse sistema, assim como uma Reforma Administrativa mais profunda, que corte pela raiz as regalias estatais e equipare as regras da administração pública com a iniciativa privada.

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