O ano de 2016 tem boas perspectivas, mas o setor de Comércio deverá inovar para alcançar bons resultados. Esta é a análise do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL Uberlândia, Cícero Novaes. “Será preciso introduzir reformas ambiciosas que aumentem a competitividade e a produtividade do setor, quebrar cartórios, monopólios e flexibilizar os mercados. Será necessário criar políticas de acesso à tecnologias modernas, formar capital humano, melhorar o conhecimento e o crédito e fomentar políticas de atração de parcerias e de capital estrangeiro para o setor,” afirma o presidente da entidade.
O setor de Comércio e Serviços no Brasil corresponde hoje a 70% do PIB e esse percentual segue aumentando na proporção dos demais. Para Novaes, o problema é que a produtividade está muito baixa para os padrões domésticos e internacionais. “A proporção sobre o PIB também é preocupante. Na década de 1980, a indústria tinha 35% do total e o fato de ela estar enfraquecendo no Brasil tem provocado distorções na nossa capacidade de exportações e no volume de importações”, avalia.
Cícero afirma ainda que o setor de Comércio e Serviços é responsável por grande parte desse crescimento. “A qualidade de vida que queremos só depende de nossa vontade e de nossa união. Se isso acontecer, desenharemos o cenário e as perspectivas para 2016,” explica.
Balanço do Natal mostra mudança de comportamento de consumidores
Comerciantes fecharam o ano de 2015 com boas expectativas para este ano. Segundo uma pesquisa feita pela CDL com os Associados, os clientes não deixaram de comprar, mas mudaram o comportamento típico de fim de ano: optaram por presentes mais baratos e compras parceladas. A pesquisa mostra que 60% dos compradores usaram o cartão de crédito nas compras de Natal, 34% usaram o crediário próprio, enquanto 6% optou por compras à vista.
Ainda de acordo com a pesquisa, 46% dos lojistas afirmaram ter aumentado em até 5% as vendas de fim de ano comparadas com o mesmo período do ano anterior. Os itens mais procurados foram roupas, calçados e acessórios. Em segundo lugar ficaram os eletroeletrônicos, seguidos por produtos de alimentação.