Uma pesquisa realizada pela CDL no mês de fevereiro, revelou as expectativas e os impactos da Covid-19 sobre a vida financeira dos brasileiros em 2020.
Diante de um panorama de grandes incertezas e recessão econômica, 65% dos participantes afirmaram que a situação financeira em 2020 foi pior que em 2019, sobretudo pelo aumento do preço de produtos e serviços (50%), a redução da renda familiar (33%) e o alto índice de desemprego no país (17%).
Para se adequar à nova realidade, 51% dos respondentes optaram por fazer cortes no orçamento, 38% priorizaram as despesas básicas e 11% se comprometeram com o pagamento das contas em atraso (11%).
Com relação à inadimplência nesse período, 35% das dívidas se concentram nas despesas mensais, como água, luz, telefone e internet, 16% no consumo pessoal, 13% nos cartões de crédito, 13% em impostos, 11% em itens para o lar, 8% em financiamentos e 4% em empréstimos.
Embora o cenário ainda seja bastante nebuloso, as perspectivas para o ano dividem opiniões. Enquanto 39% acreditam que 2021 será pior que o ano anterior e 39% afirmam o inverso.
Fica claro que a atual crise postergou planos, enxugou orçamentos e evidenciou a necessidade de mudanças de hábitos financeiros para que consigamos passar por esse período da melhor forma possível.
O levantamento ouviu 300 pessoas de diferentes faixas etárias, segmentos e classes sociais.