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Carteira digital deixa de ser só uma promessa no país

22 de janeiro de 2016

Em meio aos percalços de 2015, duas antigas promessas do mundo da tecnologia deram passos concretos para se tornarem uma realidade no dia a dia do brasileiro: a carteira digital e os sistemas de pagamento de compras com o celular. Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Mastercard e Visa lançaram iniciativas nessas áreas.

O Valor apurou que a Samsung pretende lançar seu sistema de pagamento, o Pay, ainda no primeiro trimestre, em parceria com uma instituição financeira. Para Elizângela Moreira de Souza, gerente de canais digitais do Bradesco, a vinda de estrangeiros para o país por conta das Olimpíada pode ser um incentivo aos serviços em 2016.  Segundo a empresa de pesquisa Frost & Sullivan, o número de usuários de carteiras digitais no país saltará de 1,5 milhão em 2014 para 87,6 milhões em 2019.

Os sistemas de carteira digital e de pagamento com o celular são diferentes, mas estão intimamente relacionados. Na carteira digital, o consumidor coloca os dados de seu cartão de crédito e, na hora de fazer uma compra pela internet, não tem que digitá-los novamente. Basta entrar com o login e a senha do serviço de carteira e a transação é realizada. Mas a varejista tem de ter acordo com a instituição financeira para aceitar esse tipo de pagamento. As redes Ricardo Eletro e a Livraria Cultura, por exemplo, aceitam o MasterPass, da MasterCard. A Stelo, carteira digital criada pelo Banco do Brasil, Bradesco e pela Cielo, pode ser usada em lojas como Netshoes e Zattini. “A experiência e a conveniência são os itens que o consumidor mais valoriza no comércio eletrônico”, disse Valério Murta, vice-presidente de produtos e soluções da MasterCard para Brasil e Cone Sul.

O pagamento com o celular é uma extensão desse modelo. Usando a tecnologia de transmissão de dados sem fio NFC do smartphone, o consumidor usa a carteira digital para fazer compras em lojas físicas. Basta aproximar o aparelho da maquininha de cartão do estabelecimento.

A adoção das duas tecnologias ainda engatinha em quase todo o mundo. As exceções são China e Coreia do Sul, onde são amplamente adotadas. Isso ocorre por barreiras tecnológicas (consumidor e varejista precisam ter equipamentos e sistemas compatíveis) e de conhecimento sobre os serviços – é preciso saber como funcionam e sentir segurança para usar.

O interesse dos bancos brasileiros pelos sistemas de pagamento digital faz parte da evolução natural do modelo de negócios das instituições. À medida que os clientes ficam mais conectados, oferecer novos canais e formatos de atendimento torna-se inevitável.  Mas o movimento não deixa de ser, também, uma resposta à estratégia de empresas de tecnologia como Apple, Google e Samsung, que também estão entrando neste mundo.

Fonte: Valor Econômico

 

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